Carlito Guimares fala da luta da Asfax pela regio Araguaia-Xingu – Agência da Notícia


A frente da Associação dos Fazendeiros do Araguaia-Xingu o agropecuarista Carlos Alberto de Oliveira Guimarães o Carlito Guimarães fala da entidade que visa defender os interesses dos produtores da região, a ASFAX foi criada no ano de 1980, nessa época segundo Carlito os conflitos com os índios eram muito sérios e a criação da associação foi à maneira de se fortalecer.

Carlito disse que a luta não é contra os índios mais sim a favor da região, falou também do processo que responde por tentar defender os produtores rurais como presidente de uma associação, segundo ele a entidade ajuda o índio e destacou a amizade que tem com alguns caciques, essa relação no Parque Nacional do Xingú é de mais de 30 anos, diz ele.

IMG_0466(1)[1]As questões indígenas locais para Carlito atrapalha muito a região e citou o Posto da Mata que segundo ele não é terra adequada para os índios pela carência de recursos naturais, ele disse ainda que a Fundação Nacional do Índio – Funai, deveria colocar os índios em locais apropriados e não em locais inadequados.

Processo

Carlos Alberto de Oliveira Guimarães, virou réu em agosto do ano passado depois que a Justiça Federal de Mato Grosso aceitou denuncia do Ministério Público Federal (MPF), depois de a entrevista em que Carlito teria falado a seguinte frase: “Nunca vi índio plantar nada, nunca vi índio produzir nada, índio vive praticamente é de cesta básica, de Bolsa Família e de algum recurso mais de pedágio que eles cobram de nós aí.”, segundo a justiça ele teria supostamente cometido o crime de racismo contra índios da região do Araguaia-Xingu.

Na época a Associação dos Fazendeiros do Araguaia-Xingu planejava acionar a Fundação Nacional do Índio (Funai) na Justiça, para impedir a continuidade da delimitação de terra indígena em Santa Cruz do Xingu (MT), Vila Rica (MT) e São Félix do Xingu (PA). Numa entrevista em maio deste ano, o presidente da associação fez críticas aos índios do Parque Nacional do Xingu.

“O parque deve ter uns cinco mil e poucos índios, numa área maior que o estado de Sergipe. Eu acho que expandir esse parque aí é chover no molhado”, afirmou, proferindo em seguida as frases consideradas pelo MPF como preconceito de etnia. Guimarães disse ainda que “nessa região nunca viveu índio, não tem índio, não tem uma aldeia indígena nessa região”.

O procurador da República Wilson Rocha Assis citou na denúncia contra o fazendeiro que o crime de racismo é inafiançável e imprescritível, como consta na Constituição. “O combate ao racismo é pressuposto para a efetivação da plena cidadania”, disse.

O conflito entre fazendeiros e índios na região do Araguaia-Xingu envolve a terra indígena Kapotnhinore. Um estudo está em curso para demarcação da terra. A Justiça determinou a realização de um levantamento das ocupações não-indígenas na região. O presidente da Associação dos Fazendeiros do Araguaia-Xingu considera defender o que é “justo” e que “terra indígena é justo onde precisa de terra indígena”.

Fonte: Agência da Notícia

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