Análise de pasto via drone ajuda a elevar taxa de lotação

Tecnologia desenvolvida por startup fez com que fazendas saltassem de 1 para 3 cabeças por ha/ano e aumentassem sua produtividade em mais de 30%

Análise de pasto via drone ajuda a elevar taxa de lotação
Foto:divulgação

Conhecidos popularmente como drones, os Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants) têm ganhado cada vez mais espaço no agronegócio brasileiro. Além do acompanhamento do ritmo do plantio e na lida com os animais, as aeronaves já tem sido utilizadas nas fazendas para trabalhos mais complexos como análise de solo e de áreas de pastagens.

A startup Horus Aeronaves desenvolveu uma ferramenta para a pecuária que tem ajudado alguns pecuaristas a aumentar as suas taxas de lotação, como explicou o CEO Fabrício Hertz. “Fazemos uma análise da atual situação do pasto e indicamos o que deve ser feito para aumentar a produtividade e a capacidade de suporte da área”, disse ele durante o Exame Fórum Agronegócio, nesta quinta-feira, 28 de setembro, em São Paulo, SP..

De acordo com o executivo, por meio da análise e processamento de dados, a tecnologia permitiu que pecuaristas aumentassem a lotação de 1 para 3 cabeças por hectare/ano. A técnica também ajudou a aumentar a produtividade das fazendas em mais de 30%, com a indicação da suplementação ideal a ser utilizada em determinado tipo de pasto para acelerar a engorda dos animais.

O processo funciona da seguinte maneira: o produtor coloca no software da Horus a área que deseja mapear dentro da propriedade e as informações que lhe interessam. O drone percorre o trajeto com uma câmera especial que consegue aferir a quantidade de carbono e nutrientes no solo. Quando a aeronave retorna à base, ela descarrega as informações no software da empresa, que faz o processamento de dados e imprime um relatório completo para o produtor.

Atualmente, a empresa atende a cerca de 100 fazendas e empresas espalhadas por, praticamente, todas as regiões do País. Hertz destaca que essa variedade de clientes permite que a empresa aumente a sua experiência em analisar diferentes tipos e condições de solos e forrageiras, agilizando o trabalho.

Além do Brasil, a tecnologia tem sido procurada por pecuaristas da Bolívia e Paraguai e a empresa deve estender sua atuação para esses países no próximo ano. “Esperamos também um aumento de clientes no mercado local e a nossa meta para 2018 é conseguir mapear mais de dois milhões de hectares de pastagens”, conclui Hertz.

O sistema também é utilizado na agricultura para detectar falhas no plantio, doenças, problemas de irrigação, ataque de pragas e ervas daninhas.

Fonte: Alisson Freitas – Portal DBO

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