A partir de uma múltipla frente de atividades a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) garantiu o auxílio a milhares de agricultores familiares do estado em 2016, condição que permitiu a efetiva contribuição para o desenvolvimento sustentável no campo.
Um dos destaques dessa atuação foi o investimento na personalização do Sistema de Acompanhamento das Atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER (Sisater/Desktop), dada a necessidade de aprimoramento do processo de registro de informações para planejamento, monitoramento e avaliação dessas atividades.
O sistema constitui um banco de dados com informações sobre beneficiários, unidades de produção, comunidades, organizações sociais, metodologias, planejamento e outros dados que qualificam e quantificam o crescimento produtivo e a dinamização econômica e social, sustentados em bases agroecológicas que promovem a redução de impactos ambientais na agricultura familiar.
Os dados detalham ainda os níveis de acessos às políticas públicas e às linhas de créditos rurais que a Emater intermedeia, promovendo o aumento e diversificação da produção, o crescimento na geração de emprego e renda, o bem-estar social e a qualidade de vida no meio rural.
Um dos principais instrumentos de crédito rural é o Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf), cujas linhas de financiamento permitem o protagonismo dos agricultores familiares e suas organizações. É a partir dele que a Emater promove negociações públicas com órgãos setoriais, alem de financiamentos para melhoria da infraestrutura e dos serviços públicos voltados a esses trabalhadores nos municípios do interior.
O total de projetos elaborados pela Emater e contratados pelos agentes financeiros atingiu um montante superior a R$ 132 milhões, dos quais mais de R$ 128 milhões (97,09%) foram destinados a investimentos, com o objetivo de criar condições necessárias para o aumento da produção e da produtividade, a partir da aquisição de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas, bem como de veículos de transporte para o escoamento da safra.
Uma das atuações focadas na sustentabilidade se dá no âmbito do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), gerido pelo Comitê Gestor Estadual (CGE/ABC), formado por quinze instituições, com interface direta com o meio rural paraense e pautas intrínsecas às iniciativas de baixa emissão de carbono no setor agropecuário. Como parte das ações do CGE/ABC, destacam-se os treinamentos em técnicas de Agriculturas de Baixo Carbono ofertados em Paragominas, Santarém e Tomé-Açu.
Com isso, o CGE/ABC espera contribuir para a estruturação dos sistemas de produção sustentáveis com baixa emissão de carbono e redução do processo de degradação do solo, de maneira a fomentar a diversidade agrícola por meio de práticas conservacionistas do solo e da água, bem como de outras iniciativas que preconizem o emprego de metodologias e técnicas de ATER. O objetivo é fortalecer a Agricultura de Baixo Carbono em áreas que possibilitem ao produtor fazer o manejo de pastagens, preparo de área, correção e adubação do solo, uso de leguminosas, controle de pragas doenças e plantas daninhas e a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF’s).
Por Edna Moura
Fonte: Agência Pará