Brasil poderá importar carne para equilibrar mercado, diz ministra da Agricultura

O preço do boi gordo está batendo recordes. Em novembro, Índice de Preços ao Consumidor constatou alta de 6,04% no contrafilé, enquanto em outubro havia subido 2,69%.

Ministra Tereza Cristina durante evento em Dourados (MS) — Foto: TV Morena/Reprodução

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta segunda-feira (25) que o Brasil, maior exportador global de carne bovina, pode começar a importar carne para equilibrar o mercado.

Pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo, da FGV, a carne bovina apareceu entre os destaques em novembro, com alta de 5,26%, dez vezes mais do que em outubro. Em novembro, o Índice de Preços ao Consumidor constatou alta de 6,04% no contrafilé, enquanto em outubro havia subido 2,69%.

“O Brasil é grande exportador, mas pode importar carne se precisar para dar um equilíbrio ao mercado”, disse a ministra.

A declaração foi dada durante a inauguração de uma indústria e refinaria de óleo de soja em Dourados, a 230 Km de Campo Grande. A ministra ainda afirmou que o mercado vive uma euforia momentânea.

“O produtor rural aguentou muitos anos, isso é um momento de equilíbrio dessa cadeia produtiva. A cadeia vive um momento de euforia, mas já já esse mercado vai equilibrar, os preços não serão mais praticados a 2 meses atrás, mas com certeza eu acho que essa euforia não continua, é um momento de ajuste da carne brasileira”, explicou

Segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafigo), um dos fatores que levou ao aumento interno do preço da carne brasileira foi o crescimento das exportações, principalmente para a China.

Carne em açougue, frigorífico — Foto: Rede Globo/Reprodução
Carne em açougue, frigorífico — Foto: Rede Globo/Reprodução

Com impulso dos chineses, que elevaram as compras de carne bovina do Brasil em 23,6% de janeiro a outubro, para cerca de 320 mil toneladas, o país exportou 11% mais no período, para 1,47 milhão de toneladas, de acordo Abrafrigo.

Além da forte demanda da China após novas habilitações de indústrias de bovinos pelos chineses — que passaram de 16 no início do ano para 40 unidades atualmente, segundo a Abrafrigo–, um dólar em máximas históricas frente ao real também favorece as exportações.

Não fossem poucos os fatores de alta, a proximidade das festas de final de ano gera uma demanda adicional por carnes, há o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro neste mês e uma oferta mais restrita de bovinos prontos para o abate.

Reposts: G1

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