Demanda aquecida dá suporte ao mercado e soja fecha em alta

A soja encerrou a sessão regular desta segunda-feira (18) em alta na Bolsa de Chicago. Os principais vencimentos subiram entre 7,25 e 8,50 pontos. O contrato janeiro/14, o mais negociado nesse momento, valendo US$ 12,86 por bushel, já que perdeu o patamar dos US$ 13 em função de uma intensa liquidação por parte dos fundos, movimento natural do mercado, segundo o consultor Liones Severo, do SIM Consult, para esse período de meio de mês.

soja“Acabamos de colher uma safra americana que não foi uma safra pequena, a América do Sul vai colher daqui a poucos meses, e os preços estão perto de US$ 13 por bushel, que é um preço muito interessante, não é um preço comum (…) Toda vez que tivermos essa posição janeiro se aproximar ou passar um pouco dos US$ 13 por bushel, teremos algum fundo interessado em vender, e quando chegar a US$ 12,60 / US$ 12,70, vamos ver intressados em comprar”, explica Ênio Fernandes, consultor em agronegócio.

O foco na demanda extremamente firme pela soja norte-americana, entretanto, continua e segue como principal fator de sustentação para as cotações da oleaginosa. De acordo com Severo, com a produção que vem sendo registrada, os EUA poderiam exportar no máximo 27 milhões de toneladas de soja para a China, tentando manter a estabilidade da relação entre a oferta e o consumo.

Porém, até o momento, já vendeu 22 milhões à nação asiática e há mais 4 milhões de toneladas com destinos não revelados que também podem se referir à compras do maior consumidor mundial de soja da atualidade. E esses 27 milhões de toneladas deveriam ser comercializados até agosto de 2014.

Até lá, sem soja suficiente nos EUA, o Brasil deverá assumir o papel de atender essa demanda, atendendo também outros destinos que não poderão ser atendidos pelos EUA. “As exportações brasileiras devem ficar entre 43 e 44 milhões de toneladas, muito acima dos americanos, e no próximo ano, o Brasil será o maior exportador do mundo, consolidando sua posição, deve contribuir com metade das importações chinesas, se tornando um grande player”, explicou o consultor.

Além dessa demanda muito aquecida, o mercado observa ainda, como explicou Fernandes, que os produtores norte-americanos estão segurando suas vendas à espera de preços melhores, o que também é um fator positivo para o mercado nesse momento. “As origens não estão vendendo”, diz.

Milho – Na contramão da soja, os futuros do milho recuaram expressivamente em Chicago nesta segunda-feira. A pressão para os preços veio, principalmente, do relatório da agência de proteção ambiental dos Estados Unidos que sugeriu um aumento menor que o previsto no uso de etanol misturado à gasolina. O volume subiria de 12,7 bilhões de litros para 13,2 bilhões de litros no ano que vem. Porém, uma lei aprovada em 2007 apontava para uma mistura de, ao menos, 14,4 bilhões de litros em 2014.

Fonte: Notícias Agricolas

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