Pará fora da lista negra do desmate

O Pará foi responsável pela terceira maior área desmatada da Amazônia Legal, em janeiro deste ano. O Estado destruiu 9 km² de floresta, 13 km² a menos do que o identificado em dezembro de 2012, quando o Pará foi a segunda unidade da federação da Amazônia Legal com o maior índice de desmatamento.

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Entre agosto do ano passado e janeiro desse ano, o Estado desflorestou 160% a mais do que o mesmo período observado entre 2011 e 2012. Nos últimos seis meses foram 638 km² de área florestal prejudicada, contra 246 km² desmatados na mesma época do ano anterior a esse. Em dezembro, a área da Amazônia Legal desmatada chegou a 35 km², sendo que o Mato Grosso, sozinho, eliminou 22 km² de floresta, 63% do total.

O desmatamento acumulado no período de agosto de 2012 a janeiro de 2013 totalizou 1.288 km². Houve aumento de 118% em relação ao período anterior (agosto de 2011 a janeiro de 2012), quando o desmatamento somou 568 km². Os números foram divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), por meio do Boletim do Desmatamento (SAD).

O Pará não tem nenhum município na lista de cidades que mais desmataram. O Estado nortista esteve, no entanto, com o maior número de assentamentos de reforma agrária entre os dez mais afetados pelo desmatamento. Os assentamentos nas cidades de Trairão, Monte Alegre, Itaituba, acumularam 1,2 km² de área de floresta desmatada.

Em janeiro de 2013, grande parte do desmatamento (63%) ocorreu no Mato Grosso, seguido pelo Amazonas (12%), Pará (9%), Roraima (9%) e Rondônia (7%). As florestas degradadas, intensamente exploradas pela atividade madeireira ou queimada, na Amazônia Legal somaram 69 km² em janeiro de 2013. Em relação a janeiro de 2012, quando a degradação florestal somou 54 km², houve um aumento de 28%.A degradação florestal acumulada no período (agosto 2012 a janeiro 2013) atingiu 1041 km². Em relação ao período anterior (agosto de 2011 a janeiro de 2012), quando a degradação somou 1.433 quilômetros quadrados, houve redução de 27%.

Carbono – Os 35 km² de desmatamento – supressão total da floresta para outros usos alternativos do solo) detectado pelo SAD na Amazônia Legal,no primeiro mês do ano, comprometeram 1 milhão toneladas de carbono (com margem de erro de 283 mil toneladas de carbono). Essa quantidade de carbono comprometido pode resultar em emissões de 4 milhões de toneladas de CO2 equivalente. O carbono florestal comprometido pelo desmatamento no período de agosto de 2012 a janeiro de 2013 foi de 18 milhões de toneladas (com margem de erro de 472 mil toneladas), o que representou cerca de 68,5 milhões de toneladas de CO equivalente. Em relação ao mesmo período do ano anterior (agosto de 2011 a janeiro de 2012) quando o carbono florestal comprometido foi de 10,5 milhões de toneladas, houve aumento de 71% na quantidade de carbono comprometido pelo desmatamento.

O desmatamento acumulado no período de agosto de 2012 a janeiro de 2013 totalizou 1.305 quilômetros quadrados. Houve aumento de 118% em relação ao período anterior (agosto de 2011 a janeiro de 2012) quando o desmatamento somou 600 km². Em janeiro de 2013, grande parte do desmatamento (63%) ocorreu no Mato Grosso, seguido pelo Amazonas (12%), Pará (9%), Roraima (9%) e Rondônia (7%).

Em janeiro, 61% da área florestal da Amazônia Legal estava coberta por nuvens, em especial nos estados do Amapá e Pará que apresentaram 93% e 80% de cobertura de nuvens, respectivamente. Isso comprometeu a detecção do desmatamento e da degradação florestal para esse mês através das imagens MODIS utilizadas pelo SAD. Nessas condições foram detectados somente 35 km² de desmatamento em janeiro de 2013 na Amazônia Legal. Isso representou um aumento de 6% em relação a janeiro de 2012 quando o desmatamento somou 33 km² e a cobertura de nuvens foi de 88%.,

Fonte: O Liberal

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