É hora do custeio – Globo Rural

Para enfrentar os desafios do ano agrícola 2016/2017, os produtores podem contar com as linhas de crédito da CAIXA e as novidades do Plano Safra do Governo Federal

Oficialização de crédito é preocupação dos produtores rurais para o novo ano agrícola (Foto: Thinkstock)
Oficialização de crédito é preocupação dos produtores rurais para o novo ano agrícola (Foto: Thinkstock)

O segundo semestre começa e, com ele, a correria de produtores e empresas agropecuárias aos bancos para oficializar o crédito que vai custear as safras do novo ano agrícola. Para a temporada 2016/2017, o governo liberou R$ 185 bilhões. Desse montante, R$ 115,6 bilhões são destinados a operações de custeio e comercialização com juros controlados.

“Esses juros foram reajustados e estão mais altos do que na safra passada. Ainda assim, eles vão ficar entre 8,5% e 12,75% ao ano, enquanto o mercado segue praticando taxas entre 15% e 18%”, afirma o economista Pedro Arantes, analista de mercado da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG).  Para ele, o produtor deve se organizar para acessar esse crédito mais barato o quanto antes, já que ele atende apenas 35% da necessidade do setor. “O restante, não tem jeito, vem do mercado a juros livres”, comenta.

Com relação ao custeio, o economista da FAEG destaca duas novidades no atual Plano Safra. “O limite de crédito por beneficiário será de R$ 3 milhões durante o ano agrícola, até 60% do valor para ser usado agora, no segundo semestre de 2016, e o restante, para o primeiro semestre de 2017”, explica.

Na temporada passada, esse limite era de R$ 1,2 milhão por safra, o que permitia que um único beneficiário contratasse durante o ano agrícola até R$ 4,4 milhões para diferentes safras. Segundo Arantes, a outra alteração importante está na pecuária de corte. “A compra de animais para recria e engorda passou a ser considerada custeio e não mais investimento, e isso é bom para o criador, que vai poder acessar esse crédito com mais facilidade”, avalia.

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A CAIXA tem linhas de crédito para diversas culturas (Foto: Thinkstock)

Márcio Recalde, superintendente de Agronegócio da Caixa, concorda que essas sejam as principais novidades desse Plano Safra no que diz respeito a custeio e ressalta que o banco já está com linhas de crédito disponíveis para o produtor em suas agências. “Nós temos linhas que contemplam o financiamento de diversas culturas, responsáveis por mais de 80% do valor da produção agrícola nacional, como soja, milho, algodão, arroz e café, por exemplo; além de linhas de custeio pecuário, disponíveis para criadores de gado de leite e corte”.

De acordo com o superintendente, os prazos são de até dois anos para custeio agrícola e de até um ano para custeio pecuário. As taxas de juros partem de 8,5% ao ano. “Esses recursos podem ser contratados por produtor rural (pessoa física ou jurídica), cooperativas e agroindústrias, sejam pequenos, médios ou grandes”.

Márcio Recalde explica ainda que para o produtor interessado numa quantia de até R$ 500 mil existe uma alternativa mais simples de acesso ao crédito. “Nós chamamos de Custeio Fácil. É mais rápido. Os contratos são analisados na própria agência e é um dinheiro que o agricultor ou o criador pode usar para comprar, por exemplo, ração, insumos, sementes, defensivos e fertilizantes”.

Para acessar qualquer uma dessas linhas de crédito disponíveis, e conhecer as normas de cada produto, basta procurar a agência de relacionamento ou a agência da Caixa mais próxima. “A gente procura sempre adequar a oferta de recursos com o momento mais oportuno para o produtor realizar suas aquisições e se preparar para o início dos cultivos”, garante o superintendente.

POR ESTÚDIO GLOBO

Fonte: Globo Rural

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