Embrapa vai cortar 20% do quadro para reduzir custos

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) prepara um Programa de Desligamento Incentivado para cortar até 20% dos 9.718 empregados da estatal. A ideia é dar prioridade a funcionários com idade “acima de 58 anos e que têm manifestado a intenção de encerrar o seu vínculo empregatício com a empresa”, confirma a empresa à coluna. A Embrapa espera recompor parte das vagas “abertas” com concurso público. A proposta de reduzir custos inclui a reestruturação da companhia. Deve durar até meados de 2019 e abrangerá suas 46 unidades. Estão previstas fusões, mudanças nos nomes de centros de pesquisa e redução do quadro também de funcionários comissionados. A Embrapa diz que as mudanças não alteram o curso dos projetos de pesquisa científica.

» Crédito. O Rabobank deve encerrar 2017 com carteira de crédito no Brasil de US$ 3,5 bilhões, US$ 100 milhões acima do projetado e US$ 500 milhões mais ante 2016. O banco, focado no agronegócio, deve emprestar mais em 2018. “Esperamos o crescimento dos últimos anos, em torno de 17%”, diz a diretora do Rabobank, Fabiana Alves.

» Para crescer. O banco estima que recursos para investimento devem crescer e alcançar 60% do total. Este ano, representaram 50%. A outra metade ficou com linhas de custeio. A aposta é no maior interesse do produtor em projetos de energia renovável, armazenagem e integração lavoura-pecuária-floresta.

» Queda de braço. O embargo da Rússia às proteínas bovina e suína do Brasil é tratado nos bastidores como um assunto que envolve muito mais do que a questão da carne. É quase unânime entre fontes do setor que a pressão do Kremlin é para liberar a entrada no Brasil do trigo russo, entre outros produtos.

» Com ressalvas. Para o presidente do Sindicato da Indústria do Trigo de São Paulo, Christian Saigh, o cereal russo pode vir, desde que sua entrada fique limitada à entressafra, entre abril e agosto. “Seria mais uma alternativa de abastecimento e não atrapalharia o produtor”, diz. Os argentinos, que abastecem os moinhos nacionais com cerca de 90% do total importado, pediram ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que a isenção de 10% da Tarifa Externa Comum não seja estendida a países de fora do Mercosul.

» Provisória. O setor de etanol avalia que a proposta de aumento na mistura do álcool anidro à gasolina para até 40% dificilmente vingará com a adoção do RenovaBio. Essa meta teria sido colocada no projeto como moeda de troca para ser retirada em uma negociação durante a tramitação no Congresso, ou para ser vetada na sanção presidencial. O projeto do Renovabio pode ser votado esta semana na Câmara, mas depende da aprovação da Medida Provisória de renegociação de dívidas do Funrural. O porcentual atual da mistura é de 27%.

» Online. O Banco do Brasil já ofertou R$ 632 milhões em 1.838 contratos de financiamento agrícola feitos pelo programa “Custeio Digital”. As operações da instituição por meio de smartphones e tablets começaram em fevereiro.

» Lá para cima. A empresa de logística VLI escoou para o Norte do País, até outubro, 72% mais produtos agrícolas em relação a 2016. Foram 5,5 milhões de toneladas de soja, milho e farelo, ante 3,2 milhões em 2016 e 4,2 milhões em 2015. Segundo a empresa, a quantidade menor no ano passado refletiu a quebra da safra de grãos, mas a expectativa para os próximos anos é de crescimento.

» Avante. O corredor centro-norte da VLI contempla dois terminais da empresa em Porto Nacional e Palmeirante (TO), que recebem caminhões com grãos e despacham as cargas pela Ferrovia Norte-Sul e pela Estrada de Ferro Carajás até o Tegram (operado por tradings) e o terminal da VLI, ambos no Porto de Itaqui (MA).

» Sem sintéticos. A FMC, multinacional do setor de agroquímicos, reforça investimentos no Brasil em defensivos biológicos, otimista com sua taxa média de crescimento de 30% ao ano só no setor. Em 2017 lançou dois nematicidas e, até 2019, deve ter mais dois inseticidas e dois fungicidas à disposição do produtor, conta à coluna Ronaldo Pereira, presidente da empresa no Brasil. “Esta é a nossa linha que mais cresce.”

» Estacionado. A FMC também investe no segmento de defensivos agrícolas sintéticos. Lançou este ano um herbicida e deve apresentar outro ao mercado até 2019. Mesmo assim, Pereira reconhece que a taxa de crescimento é bem menor em relação aos biológicos. “Este ano o faturamento da indústria de agroquímicos como um todo não deve ultrapassar US$ 9 bilhões no Brasil”, projeta. “Para 2018, devemos ver estabilidade ou leve crescimento.”

Fonte:  Estado de S. Paulo

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