FNL inicia ‘Carnaval Vermelho’ com invasões de fazendas em SP – Estadão

SOROCABA – Integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) deram início ao chamado “Carnaval Vermelho”, neste sábado, 18, com a invasão de dez fazendas no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado de São Paulo. Cerca de 700 militantes foram mobilizados para a ocupação de propriedades rurais em dez municípios da região. A FNL informou em nota que as ações denunciam o “descaso do governo com a reforma agrária e a miséria no campo”.

A FNL é dirigida por José Rainha Junior, dissidente do Movimento dos Sem-Terra (MST) e que, no ano passado, foi a primeira liderança de movimento social agrário recebida pelo então presidente em exercício Michel Temer (PMDB). Na ocasião, Rainha foi levado ao encontro pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), que conseguiu a nomeação de indicados para dirigir o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Foto: Andre Dusek/Estadão
José Rainha Junior, uma das lideranças da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade

José Rainha Junior, uma das lideranças da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade

Por telefone, Rainha disse que a reforma agrária está paralisada há muito tempo, com grave aumento da miséria no campo, e que a política do governo Temer é focada no agronegócio. “O pequeno agricultor está desamparado”, disse. De acordo com a FNL, foram ocupadas propriedades rurais em Teodoro Sampaio, Presidente Venceslau, Santo Anastácio, Presidente Epitácio, Presidente Bernardes, Paulicéia, Ouro Verde, Junqueirópolis, Dracena e Marabá Paulista.

A Polícia Militar confirmou a mobilização dos sem-terra, mas não tinha, até as 12h deste sábado, 17, a relação das áreas invadidas. Segundo a PM, os proprietários estão sendo orientados a entrar com ações de reintegração de posse. O Incra informou que, desde 2014, em convênio com o Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), vem promovendo a arrecadação de terras devolutas no Pontal do Paranapanema para a reforma agrária, mas a obtenção definitiva das áreas depende do interesse dos fazendeiros em fazer o acordo. Atualmente, o convênio tem como foco nove mil imóveis rurais da região.

Fonte: Estadão

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