Grande clamor do setor produtivo para Plano Safra é redução da taxa de juros

“Os juros praticados no crédito agropecuário estão em descompasso com a taxa Selic e com os demais fundamentos da economia”, disse o vice-presidente da CNA

A redução da taxa de juros será o principal ponto da proposta ao Plano Safra 2020/21 enviada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) ao governo federal, segundo o vice-presidente da entidade, José Mário Schreiner. “O grande clamor do setor é a redução da taxa de juros, pois os juros praticados no crédito agropecuário estão em descompasso com a taxa Selic e com os demais fundamentos da economia”, disse Schreiner, em uma videoconferência realizada nesta sexta-feira, 24.

Schreiner, que também é deputado federal por Goiás e presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, afirmou que uma das causas da “alta” taxa de juros aplicada ao setor são os spreads bancários – diferença entre taxa de captação de recursos pela instituição financeira e taxa adotada no empréstimo. “Os spreads bancários têm sido estratosféricos, além de uma série de taxas adicionais que são cobradas ao produtor, como tarifas cartoriais, taxas de assistência técnica, entre outras”, disse.

Segundo ele, a redução das taxas adicionais também será pedida pela CNA na proposta que será enviada ao Ministério da Agricultura. “A taxa real de juros (incluindo essas tarifas) pode chegar a 18% por ano, o que é totalmente inviável ao setor produtivo”, acrescentou. Na transmissão ao vivo, o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, reforçou a defesa da entidade quanto à redução dos juros para o próximo plano de crédito agrícola e pecuário. “A redução da taxa de juros será bandeira da entidade independentemente do porte do produtor”, ressaltou.

A entidade também comentou sobre a possibilidade de antecipação do anúncio do Plano Safra. “Neste momento, a antecipação é muito importante para que o produtor possa fazer o seu planejamento e a tomada de decisão quanto ao investimento baseada nos recursos que serão disponibilizados”, avaliou Schreiner.

Outro ponto debatido foi a unificação do pequeno, médio e grande produtor na divisão de recursos. “Temos que tratar agricultura e pecuária como uma só no Brasil, do grande produtor ao agricultor familiar, do empresarial ao de pequeno porte”, defendeu Schreiner.

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