Integração LAVOURA / PECUÁRIA / FLORESTA – 05 dicas para não errar

A integração é como um quebra-cabeças a ser montado pelo agricultor. Cada fazenda tem um retrato único, o que permite uma customização da integração, levando em consideração informações técnicas relacionadas ao clima da região, relevo e solo da fazenda. “Não existe uma receita pronta. O produtor tem de ter objetivos claros e saber qual vai ser a principal fonte de renda. A integração vai depender da expertise dele e das condições da região”, diz o pesquisador João Meneguci, da Embrapa Agrossilvipastoril.

Sistemas de integração são capazes de revolucionar a agropecuária em clima tropical. De acordo com dados da Embrapa, o Brasil tem mais de 180 milhões de hectares de pastagens, sendo que mais da metade dessa área apresenta algum estágio de degradação e pode ser revertida em áreas de alta produtividade de grãos e carne. Isso muita gente já sabe. Porém, para tirar essa teoria promissora do papel e explorar o potencial da integração, há muito trabalho a ser feito. O desafio é ajudar o produtor a chegar lá.

Confira 5 dicas da Embrapa para ter sucesso na adoção da tecnologia.

1 – Múltiplas possibilidades

Integração engloba lavopura-pecuária, pecuária-floresta, lavoura-floresta, tudo junto e misturado. Há infinitas possibilidades, mas o produtor tem de acabar com preconceitos e se dispor a aprender novas culturas. “Ainda há uma resistência para integrar, existe um choque cultural”, diz Meneguci. “Mas a resistência dos produtores não é por birra. É que quando não se conhece uma atividade, a ignorância assusta.”

2 – Qual é o objetivo?

É fundamental definir os objetivos do negócio, avaliar a estrutura física da fazenda e dimensionar o investimento. “Se a fazenda estiver numa região de solo arenoso onde seja difícil produzir grãos, a principal atividade pode ser a produção de gado”, afirma Meneguci.

3 – Parcerias

Para os mais conservadores que temem a integração, é possível começar aos poucos e em parceria com outros produtores. O pecuarista pode firmar parceria com um agricultor para implantar as lavouras. Um agricultor, por sua vez, pode manter parceria com um pecuarista para aprender a manejar o gado.

4 – Cuidado com as finanças

O produtor deve estudar o novo negócio e entender como o mercado funciona, como períodos de alta e baixa da atividade, valor dos insumos, logística e cotação final do produto. “Tem que ter organização, planejamento e acompanhamento agronômico”, diz Meneguci.

5 – Vale a pena

Entre as vantagens dos sistemas, Meneguci enumera a diversificação da fonte de renda, melhoria do solo, aumento de produtividade e a adoção de práticas mais sustentáveis. “Se considerarmos um pasto degradado, a partir do momento que adota o sistema, a lotação dos animais pode quadruplicar”, diz o pesquisador.

* Essa foi a reportagem de capa publicada na primeira edição da revista Farming Brasil.

INTEGRAÇÃO EM NÚMEROS
No Brasil, as fazendas com sistemas ILP e ILPF ocupam 11,5 milhões de hectares

Mato Grosso do Sul – 2 milhões
Mato Grosso – 1,5 milhão
Rio Grande do Sul – 1,4 milhão
Minas Gerais – 1 milhão
Santa Catarina – 680 mil hectares

* Fonte: Rede de Fomento de ILPF

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Nós da ruralbook encontramos uma cartilha da EMBRAPA que esclarece todos os pontos para implantação do sistema – Arborização de Pastagens com
Espécies Florestais Madeireiras: Implantação e Manejo

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