Jornada do Pessegueiro debate desafios da cadeia na Região Sul – Embrapa

Uma troca de ideias sobre necessidades, levantadas em pré-reuniões, sobre a cadeia do pêssego foi realizada durante a entressafra da cultura e faz parte do programa Portas Abertas
 
Durante todo o dia (09), pesquisadores, representantes de indústrias, técnicos e alguns produtores da região Sul se reuniram para a I Jornada Técnica do Pessegueiro, no auditório Ailton Raseira, na Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS). O evento foi uma parceria entre Unidade de pesquisas e a Emater/RS-Ascar e faz parte do parte do programa Embrapa Portas Abertas, iniciativa que busca aproximar a comunidade local das atividades realizadas pelo centro de pesquisa. 
 
Foto: Paulo Lanzetta
Foto: Paulo Lanzetta

Em forma de exposições, prosseguidas de debate os extensionistas, consultores e produtores expuseram suas experiências durante toda manhã e tarde da quinta-feira. Na abertura, o coordenador do evento e pesquisador, Luis Eduardo Antunes, destacou a importância do evento para região, que possui como intuito atender a cadeia, em busca de troca de experiências para qualificar os pomares. 

 
As pautas debatidas foram definidas em reuniões que vinham sendo realizadas em conjunto com o Sindicato da Indústria de Doces e Conservas Alimentícias de Pelotas (Sindocopel) sobre as necessidades da cadeia produtiva. O chefe geral, Clenio Pillon, destacou a importância dos mais de 150 anos da cultura do pêssego na região, que já possui três agroindústrias focadas no setor, e ainda, o dever de aproveitar o momento, para fazer uso dos conhecimentos estocados pelas instituições e trocar experiências.  
 
Os desafios
 
Nas diversas exposições foram discutidos vários desafios para produtores, pesquisadores e indústrias. Entre eles, a adaptação das cultivares ao clima temperado e às mudanças bruscas de temperaturas, que vem acontecendo nos últimos anos. “As altas temperaturas no início da floração, prejudicam à obtenção de frutas grandes e de boa forma, o que resulta nessa dificuldade”, disse a pesquisadora Maria do Carmo Raseira. 
 
A área de pesquisa vêm realizando experimentos para melhoramento genético de cultivares durante todos os anos, mas devido ao excesso de chuva nos últimos tempos, as condições de sementes foram um pouco afetadas. Atualmente 80% da produção para indústria da região é feita com com as cultivares Esmeralda, Jade, Granada e Maciel.
Outro ponto levantado pelos participantes é quanto a escassez de mão de obra. O que também tem preocupado o setor, que vem buscando alternativas em novas tecnologias, em especial, em máquinas para poda. Além disso, outra questão enfocada foi quanto a incidência de pragas e doenças, como a podridão parda, a morte precoce do pessegueiro, a antracnose e as moscas-das-frutas que prejudicam os pomares, quando não tratadas.  
 
A pesquisadora destacou a importância de um manejo correto. Segundo ela, não existe uma cultivar certa para a região. “Os produtores devem conhecer as condições e topologias da sua terra, pensar sobre o destino da produção (indústria ou frutas de mesa), conhecer o mercado da região,  para então, decidir a cultivar adequada”, expôs Maria do Carmo. Ela ainda destacou algumas dicas necessárias para o manejo da cultura: “para um bom pomar o solo deve ser profundo, bem drenado, com matéria orgânica menor que 1%, exposição norte , protegido de ventos e ph entre 6 e 6,5”.
 
A Embrapa Clima Temperado pretende lançar  duas novas cultivares de pêssego ainda em 2016. 
 

Vanessa Kleber (Colaboradora)
Embrapa Clima Temperado.

Fonte: Embrapa

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