O manejo alimentar tem forte influência na rentabilidade da criação de bovinos de corte

Na criação de bovinos de corte o manejo alimentar tem forte influência na rentabilidade, sendo indispensável que o pecuarista seja conhecedor da nutrição animal e as características dos alimentos.

A alimentação é responsável por uma grande parte dos custos da produção de Bovinos. Conhecendo as ferramentas do manejo racional da alimentação com a máxima eficiência a produção será mais rentável e de qualidade.

Em relação à importância da nutrição no manejo de bovinos de corte o Médico Veterinário Marcelo Neves Ribas, que é professor dos Cursos de Nutrição de Bovinos do CPT – Cursos Presenciais declara que há um consenso entre técnicos de que a nutrição é um dos parâmetros de manejo que mais interfere no desempenho produtivo e reprodutivo dos animais. Em outras palavras, a precocidade ou a taxa de ganho de peso, a idade ao abate ou a idade à primeira cria são muito sensíveis às alterações da nutrição ou do programa nutricional da propriedade.

Além disso, a alimentação é um dos itens que mais onera os sistemas de produção, tanto em sistema extensivos quanto em sistemas intensivos. Na avaliação financeira de sistemas comercias de produção, a nutrição pode representar de 30% a 40% do custo total nos sistemas extensivos, podendo ser superior a 90% nos sistemas intensivos de engorda (confinamentos). Portanto, a conquista de maior eficiência econômica na produção depende necessariamente da administração criteriosa do plano nutricional e dos recursos disponíveis na propriedade.

No planejamento nutricional para o gado de corte de acordo com o professor devem ser considerados alguns critérios como: avaliar a propriedade e propor um plano nutricional específico para cada rebanho ou cada fase de desenvolvimento (cria, recria, engorda). Nesta avaliação, devem ser levados em consideração os seguintes itens:
– Recursos disponíveis na propriedade: insumos, maquinários, instalações, genética do rebanho e qualidade da mão de obra;
– Desempenho desejado: ganho de peso, taxa de desfrute e eficiência reprodutiva;
– Situação do mercado: custo dos insumos, preço da arroba, preço da reposição.

O fundamental é que produtores e técnicos tracem metas para os sistemas de produção e utilizem as estratégias nutricionais de forma consciente para que esses objetivos sejam atingidos de forma sustentável e economicamente viável. Seguem algumas estratégias de suplementação que podem ser adotadas: Sal mineral, Sal ureado, Sal proteinado, Suplemento energético, Pastagem diferida, Semi-confinamento, Confinamento, salienta Marcelo.

Com o balanceamento de dietas específicas, pode se explorar o máximo potencial que cada animal possui na sua base genética, com um perfeito balanceamento de uma dieta, considerando todos os alimentos ingeridos ao longo do dia e suas fontes nutricionais de proteína, gordura, minerais e vitaminas que podem ser retidas pelo corpo dos animais.

Marcelo explica que a criação de gado de corte no sistema de produção a pasto é considerado o mais barato e de menor impacto negativo para o meio ambiente. Atualmente, com a adoção do manejo rotacionado das pastagens, é possível obter altos ganhos de peso por animal e alta produtividade por área com baixo custo de produção. Entretanto, a produtividade das forrageiras mais utilizadas, quando não irrigadas, é concentrada em apenas seis meses do ano. Devido a este regime sazonal presente em grande parte do Brasil, fruto da má distribuição de chuva e variação de temperatura, a produção de carne exige dos produtores que sejam criados manejos alternativos e formas de suplementação dos animais durante o período seco para que a produção seja mantida.

Uma destas alternativas de suplementação dos bovinos no período seco é o confinamento. Com a adoção do confinamento, é possível imprimir alto ganho de peso, realizar engorda e ter animais para abate durante todo o ano, promover uma melhoria na qualidade da carne com maior acabamento e padronização das carcaças, além de permitir que as pastagens sejam poupadas. Apesar de todas as vantagens apresentadas, este sistema é o de maior custo, o que aumenta o risco da atividade.

Fonte: Revista Agropecuária

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