Mercado futuro não garante sossego ao pecuarista – DBO

Cotação do boi gordo na bolsa de valores será um desafio constante para produtores em busca de rentabilidade no 2º semestre

A fraca demanda por carne vermelha no mercado interno e a queda no volume de exportação nos últimos meses têm derrubado o preço do boi gordo na BM&F Bovespa. A arroba, que chegou a beirar os R$ 170 em meados de abril/maio,não passou de R$ 153,6 no dia 18 de agosto, com entrega prevista para novembro.

Foto: Alisson Freitas
Foto: Alisson Freitas

De acordo com Maurício Nogueira, consultor de pecuária da Agroconsult, é esperado que o preço do boi gordo volte a subir na bolsa de valores, mas nada que destoe muito da cotação atual. “Esperamos uma mudança de humor do mercado nos próximos meses, mas os preços não devem reagir de maneira significativa. A oferta deve continuar restrita, evitando novas quedas”, destaca.

A trava de preços no mercado futuro é uma estratégia utilizada em sua maioria por confinadores. Com o alto preço dos insumos neste ano, a valorização da arroba era uma das esperanças dos produtores para garantir uma boa rentabilidade. “Quem travou os preços até o segundo bimestre está rindo à toa. Agora, quem não fez isso, não tem outra saída a não ser vender seus animais pelos preços atuais e evitar maiores gastos com alimentação na seca”, avalia Lygia Pimentel, da Agrifatto.

A arroba de boi gordo geralmente alcança seu pico em outubro e novembro, quando chegam no mercado os animais vindos do confinamento. Com a redução da atividade em função dos preços dos insumos, é esperado que aconteça maior participação de animais terminados a pasto no período. “Isso significa animais mais leves na linha de abate”, prevê Alex Lopes, analista de mercado da Scot Consultoria.

Fonte: Portal DBO

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