Ministro Helder Barbalho, Roberto Brant e Carne Certificada Brangus foram destaques no Encontro Ruralista – FAEPA

Faepa promoveu encontro com presidentes de Sindicatos Rurais em Belém nos dias 7 e 8 de junho. O cenário político e os rumos da economia brasileira estiveram no centro do debate.

Fonte:
Presidente da FAEPA, Carlos Fernandes Xavier e Ministro Helder Barbalho. (Foto: FAEPA)

A Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) apresentou durante a quadragésima quinta edição de seu encontro de produtores rurais, realizado dias 7 e 8 de junho, no Palácio da Agricultura, em Belém-PA, a ampla discussão de temas gerais para o agronegócio. O evento reuniu cerca de 152 líderes rurais, além de autoridades, palestrantes, políticos, diretores e técnicos do Sistema Faepa/Senar.

Tendo à frente o presidente do Sistema FAEPA, Carlos Fernandes Xavier, a programação abordou o atual momento político e econômico vivenciado no Brasil, ressaltando as ações que têm sido desempenhadas pela Federação no sentido de encontrar a melhor solução para os problemas que afetam diretamente a classe rural. O Encontro Ruralista debateu sobre política ambiental e seus reflexos no desenvolvimento do agronegócio, além de questões fundiárias, como Provimento 13, Cancelamento de Matrículas, Intervenção Federal, Valor Terra Nua – VTN e Insegurança no Campo.

O evento também possibilitou a troca de conhecimento sobre as ações do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Fortalecimento do Sistema Sindical Rural, e ainda, permitiu aos participantes a possibilidade de conhecer os programas do Ministério da Integração Nacional para a Amazônia e presenciar a criação do Polo da Citricultura Paraense e a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura do Conselho do Agronegócio do Estado do Pará – CONSAGRO/PA.

Polo da Citricultura

A criação do Polo da Citricultura Paraense e a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura do Conselho do Agronegócio do Estado do Pará – CONSAGRO/PA atendeu a uma proposição da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará – Faepa. O Polo compreende os municípios de Capitão Poço, Irituia, Garrafão do Norte, Nova Esperança do Piriá e Ourém. A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura será composta por representantes de segmentos dos setores público e privado que mantêm interfaces operacionais, devendo apresentar proposições, apoiar e acompanhar ações para o desenvolvimento dessa cadeia produtiva no Estado do Pará. Prestigiaram o lançamento do polo, deputado estadual, Sidney Rosa, secretário de Desenvolvimento Agropecuário e de Pesca, Hildegardo Nunes, presidente da Assembleia Legislativa do Pará, Márcio Miranda, Paulo César Quartiero, Lira Maia e Giovanni Queiroz.

Plateia do evento.
Plateia do evento. (Foto: FAEPA)

A citricultura paraense está entre as mais importantes do Brasil, sendo o Pará um dos poucos polos citrícolas na zona equatorial no mundo. Capitão Poço, com 15 mil hectares de área plantada e onde a citricultura foi introduzida há cerca de 50 anos, é o principal produtor estadual.

META – O Polo Citrícola busca atingir a meta de duzentos mil hectares plantados em um prazo de 15 a 20 anos. Hoje, a área plantada é de quinze mil hectares, com quatro mil propriedades, gerando quarenta e cinco mil empregos (diretos e indiretos). A meta do novo polo é chegar aos 600 mil empregos (diretos e indiretos), o que colocará o Pará em posição de destaque no cenário nacional no cultivo de laranjas. “O Pará tem todas as condições de aumentar a produtividade, garantindo incremento na produção e maior geração de emprego e renda”, destacou o presidente da Faepa, Carlos Xavier.

Ministro prestigia produtores

O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, participou do evento e debateu assuntos de competência do Ministério, como grandes projetos sobre políticas de incentivos fiscais, projetos de irrigação e de desenvolvimento nacional. Helder disse que o Pará tem tudo para se tornar a mais eficiente rota de exportação das commodities agrícolas. “A agenda de investimentos em novos projetos de logística portuária garantirá o protagonismo do Pará na consolidação do Arco Norte como alternativa para o escoamento da produção de grãos da Região Centro-Oeste”, destacou.

No local do evento, assinou como testemunha de um convênio assinado entre o Banco da Amazônia e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, para credenciamento de técnicos para execução de um programa de conjugação de assistência técnica e crédito rural, à escolha e a custas dos produtores rurais aos empreendimentos financiados com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte – FNO e outros, operacionalizados pelo Banco da Amazônia S/A. Por ocasião da assinatura também estavam presentes o diretor da Faepa, Ribamar Sizo, e os representantes dos bancos, José Severino (Caixa Econômica Federal), Marivaldo Gonçalves de Melo (Banco Amazônia) e Edvaldo Sebastião de Souza (Banco do Brasil).

Em seguida foi assinado um convênio com o Conselho de Contabilidade do Estado do Pará, com a presença da presidente Fátima Vasconcelos.

Momento político

“As dificuldades e alternativas para os problemas enfrentados no agronegócio brasileiro no momento político atual” foram apresentadas pelo ex-ministro da Previdência Social, Roberto Lúcio Rocha Brant. Atualmente ele é presidente do Instituto CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.

Ao falar sobre a situação econômica, Roberto Brant afirmou que um dos motivos que levou o País para o atual momento de recessão foi o aumento dos gastos públicos, provocado por má administração. Para ele, uma medida de controle de gastos é um primeiro e importante passo, e, deixou claro, “estamos diante de um problema econômico inédito”, demostrou preocupado.

Coordenador na elaboração do documento “Uma ponte para o futuro”, Roberto Brant afirmou: “O desequilíbrio brasileiro está contratado na Constituição Federal e nas leis. Se não forem mudadas, vão levar o país para o abismo. Isso não é novidade, há apenas divergências pontuais sobre quando e como”. E considerou que, se for feito um balanço da crise, todos são culpados. “No Brasil, temos uma crise grave, que não tem inocentes. A corrupção está no Sistema”, argumentou.

Carne Brangus Certificada

Certificado ao Ministro Helder Barbalho. (Foto: FAEPA)

A Carne Angus Certificada foi apresentada pelo presidente da Associação Brasileira de Brangus, Raul Victor Torrent. Segundo ele, a região tem amplo potencial de expansão para a pecuária, principalmente levando-se em conta a disponibilidade dos criadores em assimilar novas tecnologias. Ao final do evento, os participantes puderam degustar a brangus. A Carne Brangus Certificada é um produto diferenciado para consumidores exigentes, de paladar apurado. Produzida a partir dos mais rigorosos padrões de qualidade industrial e exclusivamente de novilhos jovens em modernas instalações frigoríficas que garantem a segurança e inocuidade do produto.

O Programa Carne Brangus Certificada do Pará é uma parceria entre a SEDAP – Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pesca do Pará, ADEPARÁ – Agência de Defesa Agropecuária do Pará, FAEPA – Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, SENAR-PA – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Pará, Conselho Estadual da Pecuária de Corte do Pará, Frigoríficos, Casas de Carne e ABB – Associação Brasileira de Brangus, para produção de carne de alta qualidade.

Durante a reunião, os representantes dos sindicatos rurais colocaram os principais problemas dos municípios das suas regiões.

Ao final do encontro foi divulgada moção de repúdio ao Sr. Gercino José da Silva Filho, Presidente da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo.

O evento foi uma realização da Federação de Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e conta com apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e do Instituto CNA. A 46º edição deve acontecer em novembro.

Assessoria de Comunicação do Sistema FAEPA

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Fonte: FAEPA

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