“No que depender de mim, todo homem do campo terá um fuzil”, diz Bolsonaro

Pré-candidato à presidência esteve hoje na Agrobrasília, feira de tecnologia agrícola realizada no Distrito Federal

POR RAPHAEL SALOMÃO*, DE BRASÍLIA (DF)

O deputado federal e pré-canditato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, disse, nesta quarta-feira (16/5) que, no que depender dele, o produtor rural terá um fuzil na propriedade. Ele fez a declaração durante passagem pelaAgrobrasília, feira de tecnologia agrícola realizada em Brasília (DF).

“No que depender de mim, o homem do campo vai ter fuzil em sua propriedade. Isso não é ser radical”, disse Bolsonaro, acrescentando que deixar o agricultor desarmado é ser “inconsequente e irresponsável” e deixá-lo “à mercê do MST e outros tipos de bandidagem”.

Bolsonaro defendeu o endurecimento de penas para crimes como o roubo de insumos nas lavouras. “Ninguém vai pra cadeia por causa disso”. Disse ainda que ações de movimentos como o dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, devem ser  tratadas como criminosas.

“Reforma Agrária pode continuar fazendo para a agricultura familiar. Não invadir propriedade de quem quer que seja para forçar. Invadiu a fazenda, chácara, casa ou apartamento, para mim, é um ato criminoso e tem que ser repelido com retaguarda jurídica”, afirmou.

Questionado sobre políticas voltadas para a agropecuária, afirmou que é preciso que país tenha um presidente que, na visão dele,  “não atrapalhe” a produção. E sinalizou a necessidade de discutir assuntos como o passivo do Fundo de Apoio ao Trabalhador Rural (Funrural), e a Lei Kandir, de incentivo às exportações.

Sobre o atual sistema de crédito rural, estruturado no Plano Safra, afirmou é um assunto que pode ser conversado. Ressaltou apenas a importância do Banco do Brasil como agente financiador da produção.

“Alguns falam em privatizar o Banco do Brasil. Eu sou contra. Quem é que, em grande parte, vai financiar e com que taxa de juros?”, disse.

Bolsonaro defendeu ainda que o Ministério da Agricultura seja o único responsável pela liberação de agrotóxicos no Brasil. Na avaliação dele, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve ficar fora dessa discussão. A legislação sobre esses produtos está em discussão no Congresso Nacional, com suporte da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA).

Questionado se apoia o texto como está sendo proposto na comissão que discute o assunto, o pré-candidato à presidência disse que não pertence à bancada ruralista.

“No que dependesse de mim, seria diferente essa propositura. Hoje em dia é a Anvisa que decide a liberação. Querem trazer a responsabilidade para o Ministério da Agricultura. No que depender de mim, apenas o MInistério da Agricultura decidiria a liberação de defensivos”, disse.

*O repórter viajou a convite da OCB

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