Paralisação dos caminhoneiros no Brasil chega a Chicago e soja dispara

O protesto de caminhoneiros no Brasil começa a chamar a atenção do mercado internacional.  Participantes internacionais compreendem que greves, paralizações e protestos têm sido comuns na América do Sul durante época de colheita e escoamento de safra.  Tais protestos várias vezes têm resoluções relativamente rápidas e não afetam de maneira mais séria o fluxo de mercadorias para o mercado exportador.  Por este motivo, participantes demoram para “validar” ou “precificar” tais eventos nos preços de commodities internacional.

56674716Até aqui o protesto dos caminhoneiros no Brasil não afetou de maneira mais generalizada o fluxo de soja exportada, pois empresas exportadoras contam com bons estoques da oleaginosa já em seus armazéns nos portos.  Mas, é importante notar que esta situação pode mudar rapidamente caso as negociações entre indústria e Governo não avancem.  Já temos indícios de falta de combustível nos postos e algumas confinadoras e outros players de indústria em alerta para uma possível falta de farelo de soja para ração de seus animais.  O protesto parece ganhar cada vez mais corpo e ao que tudo indica, a situação pode se intensificar antes de melhorar.

Tal possibilidade faz do assunto um dos temas principais do momento no mercado de soja aqui na CBOT.  Participantes começam a compreender que apesar do efeito limitado até aqui no mercado exportador, caso o protesto continue ganhando corpo e dure mais do que mais alguns dias, o fluxo de soja Brasileira exportada será afetado.  Isto traria a China de volta ao mercado Norte Americano até que a situação no Brasil fosse resolvida.

A situação é delicada e é difícil argumentar contra o protesto dos motoristas, principalmente com as recentes medidas anunciadas pelo Governo.  Será que o Governo compreende as ramificações que isto pode trazer à economia nacional?  Lembrando que o agronegócio corresponde à um terço do PIB nacional.  As reivindicações dos grevistas parecem ser sensatas; mas é claro, um assunto como este não é nada simples.  Ainda assim, será que no momento econômico atual o Governo deveria “brincar com fogo” e ameaçar o motor da economia do país?

Fonte: Globo Rural

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