Preços devem continuar firmes em 2015

Os preços do boi gordo e dos bezerros devem continuar firmes em 2015. Conforme o boletim Ativos da Pecuária de Corte, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a oferta restrita de animais e a demanda firme tanto no mercado interno quanto externo devem dar sustentação às cotações.
De acordo com o boletim, “não há como esperar altas expressivas na oferta de animais para reposição ou prontos para abate em curto prazo”, mesmo que volte a chover com mais regularidade neste ano, uma vez que a engorda está prejudicada. Além disso, a seca teve impacto negativo na taxa de prenhez, intervalo entre partos  e desenvolvimento de bezerros e garrotes.
Apesar das projeções de baixo crescimento econômico, não há perspectivas de redução do consumo interno. No mercado externo, a valorização do dólar frente ao real deve favorecer as exportações. “Assim, as expectativas são de continuidade de preços firmes, tanto para o boi gordo como para a reposição”, afirma a publicação.
Equilibrando as contas – Um dos desafios para os pecuaristas é conseguir cobrir os custos totais de produção, que subiram em 2014, por conta da valorização dos bezerros.
Os animais de reposição responderam por 50% dos custos totais de produção da pecuária de corte em 2014, 10 pontos percentuais a mais do que no ano anterior. Este índice é reflexo da alta dos preços dos animais de reposição, que chegou a 35%.
De acordo com o estudo, o Custo Operacional Efetivo (COE), que engloba as despesas diárias na propriedade, e o Custo Operacional Total (COT), que envolve o COE mais a depreciação de patrimônio e o pró labore, fecharam 2014 com altas de 23,72% e 19,99%, respectivamente, variações de mais de 10 pontos percentuais na comparação com 2013. Estas altas foram as terceiras maiores já registradas pelo boletim CNA/Cepea.
Fonte: Portal DBO com informações da CNA

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