Proposta de ampliação da Norte/Sul é apresentada

A proposta de estender o traçado da Ferrovia Norte/Sul até o município de Paragominas foi apresentada ontem, em Brasília, ao gerente de ferrovias da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Fernando de Castilho pelo presidente da Federação das Associações de Municípios do Estado do Pará (Famep), Helder Barbalho, e pelo ex-deputado federal Paulo Rocha.

destaque-255949-nortesul-divulgacaoO trecho sugerido, de pouco mais de 60 quilômetros, vai se integrar ao trecho Açailândia (Maranhão)/Barcarena, que é a primeira ferrovia concedida pelo Programa de Investimentos em Logística (PIL), lançado pelo governo federal, que prevê a construção de 11 mil quilômetros de ferrovias.

Segundo Castilho, a presidente Dilma Rousseff tem pressa em concluir o trecho que já foi colocado para concessão. O trecho vai conectar a Ferrovia Norte – Sul a partir de Açailândia, no Maranhão, ao porto de Vila do Conde, no município de Barcarena, viabilizando assim um novo corredor de transporte de alta capacidade, em bitola larga, abrangendo principalmente cargas de grãos, minério de ferro e bauxita.

O trecho abrange 11 municípios dos estados do Maranhão e Pará. A ferrovia, cuja extensão será de 457 quilômetros, receberá, na fase de construção, investimentos de R$ 3,25 bilhões. O leilão deve ocorrer em 18 de outubro.

Ficou definido durante a reunião que a proposta será apresentada na próxima terça-feira, em nova rodada de negociações em Brasília, quando Helder Barbalho, Paulo Rocha e representantes dos governos do estado, federal e segmentos que têm interesse na mudança do traçado vão se encontrar com o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo.

Trecho

Além de ser estendido este trecho da Ferrovia Norte/Sul até Paragominas já no primeiro momento, Helder e Paulo defendem também a construção de um segundo trecho, para execução em etapa posterior, de um ramal ligando a ferrovia ao futuro porto do Espadarte, em frente à ilha da Tijoca no município de Curuçá.

Helder Barbalho explicou ao gerente de ferrovias que a proposta de incorporar os dois novos ramais vai contribuir para o desenvolvimento estratégico do Pará. “Dará eficiência à nossa cadeia logística melhorando a infraestrutura e dando condições de que novas plantas se instalem na região, impulsionando a geração de emprego e renda no Estado”, destacou.

O presidente da Famep lembrou que Paragominas sempre foi um município que viveu da extração da madeira, do setor agrícola e da pecuária. “O município conseguiu sair da faixa vermelha do Ibama, vem se recuperando. No entanto há um rastro de desemprego na região. Proporcionar a chegada de um grande complexo industrial na região vai resgatar socialmente centenas de famílias que viviam da extração da madeira”, explicou.

“O Espadarte é importante para inserirmos ao Brasil e ao Pará um porto com o maior calado, agregando ao Estado duas alternativas portuárias linkadas ao modal ferroviário de maneira estratégica, lembrando que este pleito foi preterido, quando há décadas, se fez a opção por Itaqui, no Maranhão, em detrimento ao Pará. Chegou a nossa vez”, completou.

Paulo Rocha também defendeu a ampliação do traçado como importante indutor da economia. “A ferrovia na região vai desempenhar um papel estratégico, vai reduzir custos, vai incrementar a produção local além de impulsionar a vocação do Pará para os portos fluviais, como o terminal de Espadarte”.

Fonte: Diário do Pará

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