Queijarias do Pará receberão tecnologia francesa para diversificar a produção – Agência Pará

A estratégia para viabilizar o intercâmbio de transferência de tecnologia francesa às queijarias do Pará avançou nesta semana com a visita do professor Jamal Kebchaqui, da Escola Nacional de Indústria Leiteira (Enil), localizada em Besançon, região de Bourgogne-Franche Comté, no leste da frança.

Fonte: Internet
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A ação é resultado do convênio estabelecido entre o governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Centro de Cooperação Internacional para Pesquisa de Desenvolvimento na Área Tropical (Cirad), voltado para ciências agrárias.

O convênio pretende consolidar a pecuária leiteira, aperfeiçoando o processo de transformação do leite e diversificando com outros produtos, como iogurte e manteiga. A nova tecnologia vai agregar valor de indicação geográfica à produção e viabilizar a conexão com o mercado. O benefício se aplica não só a gastronomia, mas também o turismo rural, potencializando a renda dos produtores.

O professor Jamal visitou oito queijarias de Rondon do Pará, Paragominas e Marajó para conhecer a técnica artesanal utilizada em cada região. Especialista em massa filada, como é feito o queijo marajoara e de Rondon, Jamal se surpreendeu porque poucos lugares no mundo fazem esse tipo de queijo. “O sabor é muito bom devido ao leite produzido por vacas que se alimentam de capim nativo e não cultivado, especialmente no Marajó. A pecuária da Amazônia tem condições de se desenvolver e melhorar a produção”, disse Jamal.

A tecnologia francesa não vai alterar a textura, sabor nem a receita do queijo do Marajó, que já têm padrão definido em diagnóstico realizado no processo de indicação geográfica pelo qual passa atualmente. Nas outras regiões o queijo poderá ser melhorado com a mudança que será introduzida no modo de fazer.

O pesquisador Rene Poccard, do Cirad, informou que a tecnologia da escola francesa abrange outros aspectos da pecuária de leite, como a genética dos animais e a alimentação do rebanho, especialmente no período de estiagem, quando lagos e o pasto secam no Marajó e a produção sofre queda acima de 80%.

A partir da visita do professor Jamal Kebchaqui, será definida a participação de cada integrante do convênio e elaborado um cronograma para organizar o intercâmbio que começa em 2017. Alunos franceses virão para estagiar nas queijarias do Pará e queijeiros paraenses farão um curso de três meses na escola de Besançon.

Por Leni Sampaio

Fonte: Agência Pará

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