Sema utilizará imagens de radar para monitorar áreas protegidas

Técnicos das Gerências de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais (Gepict) e de Geoprocessamento e Cartografia da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e profissionais do Instituto do Homem e Meio Ambiente (Imazon), acompanhados pelo especialista em processamento de imagens de radar, Dirk Hoekman, da Universidade de Wageningen, Holanda, iniciaram a fase de coleta de dados de uso e cobertura do solo do município de Paragominas.

Imagem: Imazon
Imagem: Imazon

Este trabalho também será realizado na Terra Indígena Alto Rio Guamá, o que possibilitará a execução do projeto de monitoramento da cobertura vegetal da área, coordenado pela gerência da Sema e na porção noroeste paraense das Unidades de Conservação da Calha Norte. Dirk Hoekman será o responsável pelo treinamento da equipe técnica da Sema, que ocorrerá parte no Brasil e parte na Holanda, como atividades do projeto Augmenting Forest Monitoring Capacity in the Brazilian Amazon through Radar Remote Sensing (Aumento da capacidade de monitoramento da floresta na Amazônia Brasileira através do Radar de Sensoriamento Remoto), financiado pela Fundação Moore e executado pela Universidade de Wageningen.

O projeto, que prevê o uso de imagens de radar e de programas de computador para essa análise, aumentará a capacidade de monitoramento da cobertura vegetal destas regiões em complementação à análise de imagens ópticas obtidas por satélites. Um dos grandes obstáculos ao uso de imagens ópticas nas regiões de florestas tropicais é justamente a alta incidência de nuvens persistentes, nevoeiro e fumaça sobre as áreas, que impedem a visualização da superfície terrestre.

As imagens de radar são obtidas pela emissão de radiação eletromagnética que, por atravessarem nuvens e fumaça, cobrem toda a área de interesse de modo contínuo em um mesmo intervalo de tempo. Através da análise de diferentes imagens ao longo do tempo é possível verificar alterações que venham a ocorrer, como a supressão da vegetação e até a retirada individual de uma árvore, dentre outras capacidades do sistema.

A gerente de Terras Indígenas e Comunidades Tradicionais da Sema, Claudia Kahwage, explica que, no caso da Terra Indígena Alto Rio Guamá, que é intensamente ameaçada, esta será uma eficiente ferramenta. “Ela auxiliará na rápida identificação de sinais de desmatamento, favorecendo a fiscalização das atividades e mitigação de crimes ambientais na área. E a capacitação de técnicos da Diretoria de Áreas Protegidas da Sema permitirá a transferência desta tecnologia para o aprimoramento das atividades de proteção à biodiversidade em nosso estado”, garantiu.

Fonte: Agencia Pará

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