Uso adequado do solo favorece o desenvolvimento sustentável – Embrapa

Talude desestabilizado. – Foto: Lauro Pereira

O uso adequado dos recursos naturais requer, antes de tudo, o conhecimento de seu potencial e de suas limitações, a fim de conciliar produção agrícola com menos impacto, ou seja, compatibilizar o uso com a conservação ambiental.

Os pesquisadores Lauro Pereira e Marco Antonio Gomes da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) realizaram estudos de avaliação do potencial agrícola das terras, que constituem-se em importantes instrumentos, que podem subsidiar políticas de planejamento e desenvolvimento rural, dentro da ótica de sustentabilidade. “Esse é o primeiro passo em direção à agricultura correta, voltada à sustentabilidade e manutenção ou ampliação de oferta de serviços ambientais”, explica Lauro.

Conforme Lauro, a partir do conhecimento da capacidade do solo, pode-se propor não apenas um planejamento de uso e ocupação, de forma orientada, mas também um conjunto de recomendações e práticas conservacionistas para a proteção e melhoria dos recursos naturais solo, água e vegetação. O uso das terras, em obediência à sua capacidade de suporte, pode evitar os casos de subutilização ou sobre utilização de recursos naturais, com sérios prejuízos sócio econômicos e ambientais.

“No caso do solo, continua Lauro, quando utilizado de forma incorreta, não considerando suas características físicas, químicas e morfológicas, principalmente, e fatores condicionadores, como relevo, clima, geologia, cobertura vegetal, que refletem a sua real potencialidade, pode desencadear processos indesejáveis como a erosão, por exemplo, com sérios danos socioeconômicos e ambientais, com destaque para o arraste de partículas de solos, juntamente com nutrientes utilizados na agricultura; redução significativa da sua capacidade produtiva; assoreamento de rios e mananciais; contaminação da água, sobretudo de superfície; enfim, comprometimento não só da produção agrícola, mas também da qualidade do solo e disponibilidade de água”.

Lauro enfatiza  que “embora existam diversos sistemas de avaliação de terras no Brasil,  os mais adotados e difundidos são o sistema de avaliação da aptidão agrícola das terras e o sistema de capacidade de uso”.

Classificação
O sistema de capacidade de uso das terras constitui uma classificação técnica que envolve um conjunto de condições ligadas aos atributos das terras, sem priorizar localização e características econômicas. Nesta classificação há maior interesse em considerar conjuntos de características e propriedades do que considerá-las isoladamente, visto que cada classe, subclasse ou unidade de capacidade de uso da terra são usualmente distinguidas das demais por grande número de atributos.

As categorias do sistema seguem uma hierarquização, indo do nível mais elevado (mais generalizado) para o nível mais baixo (mais detalhado), tendo por base os  critérios de classes de capacidade de uso (são em número de oito, convencionalmente designadas por algarismos romanos, em que a intensidade de uso decresce da classe I para a VIII), subclasses  e unidades de capacidade de uso.
 

Cristina Tordin (MTb 28.499/SP)
Embrapa Meio Ambiente

Fonte: Embrapa

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