Vazio sanitário da soja ajuda a prevenir contra a ferrugem asiática – Agência Pará

A soja é usada como matéria-prima para rações animais, produtos destinados ao consumo humano e como matéria alternativa para a fabricação de biocombustíveis. O aumento gradual da produtividade se deve, principalmente, ao clima favorável para o cultivo, às pesquisas e avanços tecnológicos no setor, às otimizações no manejo e à eficiência dos produtores.

Dentre as principais causas de diminuição da produtividade, causando prejuízos à lavoura da soja, está a ferrugem asiática. A doença, originaria no Japão, se mostrou extremamente agressiva no Brasil, e isso se deve principalmente ao clima favorável encontrado pelo fungo. A praga provoca a desfolha precoce da planta, impedindo a completa formação dos grãos e ocasionando redução significativa na produtividade. Cabe à Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) regulamentar e fiscalizar o cumprimento do “vazio sanitário” nas propriedades, mas o comprometimento dos produtores e a vigilância entre eles são fundamentais para que o vazio sanitário funcione.

Fonte: Internet (Ferrugem Asiática)
Fonte: Internet (Ferrugem Asiática)

No Pará, por conta das diferenças climáticas, o vazio da soja ocorre em três etapas. A primeira vai de 15 de julho a 15 de setembro, nos municípios de Conceição do Araguaia, Redenção, Marabá, São Félix do Xingu, Parauapebas, Itaituba e Altamira, nos distritos de Castelo dos Sonhos e Cachoeira da Serra.

A segunda etapa vai de 1ª de setembro até 30 de outubro, nas microrregiões de Paragominas, Bragantina, Guamá, Tomé- Açu, Salgado, Tucuruí, Castanhal, Arari, Belém, Cametá e furos de Breves e de Portel. A terceira fase, de 1ª de outubro a 30 de novembro, é nas microrregiões de Santarém, Almeirim, Óbidos, Itaituba, Rurópolis, Trairão e Altamira (exceto em Castelo dos Sonhos e Cachoeira da Serra).

As perdas nas lavouras onde não é feito o controle efetivo da ferrugem asiática da soja podem ser bastante severas e ultrapassar 90% de queda na produtividade, além de prejudicar o manejo de propriedades produtoras de soja na região, já que o fungo é facilmente disseminado pelo ar.

A correta adoção do vazio sanitário, assim como o cumprimento do período estipulado para a região, é altamente eficiente no propósito de prevenir que a doença afete a safra seguinte de soja num estágio precoce, diminuindo drasticamente gastos com o manejo fitossanitário, já que retarda a doença dentro do ciclo de produção da lavoura e também impactando na produção de grãos, diminuindo a possibilidade de quedas na produtividade e também na qualidade dos grãos.

O produtor deve estar sempre atento, em contato com a assistência técnica, mantendo-se bem informado sobre a ocorrência da doença e as condições climáticas da região e do Estado, bem como às alterações na definição dos períodos de realização de vazio sanitário.

Por Tylon Maués

Fonte: Agência Pará

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