Volume de suco de laranja aos EUA sobe 86%, bate recorde e puxa exportação

(Foto: Thinkstock)

O volume exportado de suco de laranja aos Estados Unidos cresceu 86% nos 11 primeiros meses da safra 2017/2018, entre julho do ano passado e maio deste ano, em comparação com igual período de 2016/2017, de 174,75 mil toneladas para 306,76 mil toneladas. Com o resultado, mesmo a um mês do fim da safra a indústria brasileira já bateu o recorde histórico de exportações da bebida ao mercado norte-americano, obtido em 2006/2007, de 259,39 mil toneladas.

Já a receita com as exportações de suco para os Estados Unidos atingiu US$ 544,89 milhões em 11 meses da safra 2017/2018. O valor também é recorde, supera o anterior, de US$ 419,13 milhões, obtido na safra 2014/2015, e representa alta de 80% ante os US$ 302,65 milhões dos onze primeiros meses da safra 2016/2017.

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (14/6), pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) a partir dos dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), considera a soma dos volumes de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) e do o suco fresco, ou não concentrado e congelado (NFC). O volume de NFC, seis vezes maior, é transformado no equivalente em FCOJ e somado ao do concentrado no total divulgado.

O suco de laranja enviado aos Estados Unidos é basicamente o congelado, que é reconstituído e comercializado no mercado local, ou reexportado. A produção norte-americana, em queda por causa da ação do greening na Flórida – principal praga dos pomares -, que causou o fechamento de fábricas e do furacão Irma, no ano passado. Com consequência, a demanda pela bebida brasileira aumentou. Com o desempenho das exportações ao mercado norte-americano o volume total embarcado da bebida entre julho de 2017 e maio deste ano sobre o mesmo período da safra anterior cresceu 29%, de 817,66 mil para 1,052 milhão de toneladas. A receita com as exportações totais de suco saltou 30% entre os mesmos períodos, de US$ 1,48 bilhão para US$ 1,92 bilhão.

Ainda o maior mercado e destino de 57% do suco de laranja brasileiro exportado no período, a União Europeia consumiu, nos 11 primeiros meses da safra 2017/2018, 598,4 mil toneladas, ante 518,8 mil toneladas de FCOJ equivalente no período anterior. A alta, de 15%, é bem menor do que a variação porcentual dos volumes globais e para o mercado dos Estados Unidos na atual safra. A receita do suco exportado entre os períodos para a o bloco econômico, variou 16%, de US$ 940 milhões para US$ 1,089 bilhão.

Entre os mercados restantes, destaque segue para o Japão, com o crescimento de 33% nos embarques em onze meses de safra, para 52,3 mil toneladas e de 53% na receita, com US$ 101 milhões. A China aumentou em 24% o volume de suco importado do Brasil, com 33,4 mil toneladas e em 35% a receita, a US$ 67,5 milhões, entre os períodos.

Em comunicado, o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, voltou a classificar o desempenho da safra 2017/2018 como uma retomada no cenário verificado em 2015/2016, ou seja, há duas safras. A safra intermediária, a 2016/2017, no Brasil foi uma das menores da história, causou redução na oferta da fruta e do suco e prejudicou a demanda pela bebida. A CitrusBR voltou a comparar o período da atual safra com os onze meses da safra a 2015/2016, antes dos problemas derivados da pouca oferta de laranja, e mostrou que houve aumento de 6,26% no volume total de FCOJ equivalente exportado pelo Brasil. Naquela safra, o volume exportado entre julho de 2015 e maio de 2016 estava em 990,47 mil toneladas.

Na comparação entre esses dois períodos e desconsiderado a safra passada, a CitrusBR aponta que Estados Unidos, com alta de 80,4% no volume exportado, e União Europeia, com recuo de 13,2% mostram direções opostas no comércio da bebida. “A grande comemoração que temos para fazer até agora está no fato de que, aparentemente, a demanda de suco não diminuiu tanto, mesmo com a restrição de oferta da safra 2016/2017. Mas, ainda assim, os Estados Unidos têm sido decisivos para os bons resultados de uma maneira artificial e, portanto, temos tido mais sorte do que mérito no aumento desses embarques”, relatou Netto.

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