A falta de umidade do solo prejudica o plantio da soja; como lidar com o desafio?

A umidade do solo é fundamental para o plantio da soja, garantindo boa germinação e desenvolvimento inicial, essenciais para uma produtividade saudável

 

Foto: Canal Rural MT
Foto: Canal Rural MT

O plantio da soja é dependente das condições climáticas e a umidade do solo desempenha um papel importante nesse processo. A umidade adequada proporciona o ambiente ideal para a germinação das sementes e o desenvolvimento das plantas nos primeiros estágios da cultura, fatores essenciais para uma boa produtividade. No caso da soja, a falta de umidade pode atrasar o plantio, reduzir a germinação e afetar o crescimento inicial, prejudicando a safra.

A umidade do solo é um dos primeiros indicadores para determinar se o solo está pronto para a semeadura. Solo muito seco pode impedir que a semente se estabeleça corretamente, enquanto a umidade excessiva pode levar ao encharcamento, que também são prejudiciais ao desenvolvimento das plantas. A soja, como cultura tropical, necessita de um equilíbrio hídrico, especialmente nas fases iniciais, quando a radícula (raiz da semente) começa a se desenvolver. Durante essa fase, a umidade é importante para que a planta tenha um bom enraizamento e possa aproveitar os nutrientes presentes no solo.

Em regiões como a de Bagé, no Rio Grande do Sul, onde o clima pode ser imprevisível, a falta de umidade tem gerado desafios. Mesmo com o plantio já em andamento, com uma área total de 1,124 milhão de hectares e 33% da área semeada, a escassez de umidade nas primeiras semanas da temporada prejudicou o avanço da semeadura. Quando o solo está muito seco, muitos produtores são forçados a interromper o plantio ou esperar por chuvas para garantir que a semente possa germinar adequadamente.

O desafio da falta de umidade

Na região de Bagé, o plantio de soja segue dentro da média histórica, mas a falta de umidade em algumas áreas afeta a semeadura. A situação foi descrita por Guilherme Passami, engenheiro agrônomo da Emater/RS, que explicou que o processo tem sido prejudicado superficialmente devido à escassez de chuvas entre outubro e novembro. Este período é considerado ideal para o plantio da soja, pois oferece o melhor fotoperíodo para o desenvolvimento da cultura, o que pode resultar em uma alta produtividade.

As altas temperaturas e os ventos fortes, comuns nesse período, também contribuíram para a rápida evaporação da umidade do solo, criando um cenário desafiador para os produtores. No entanto, a situação começou a melhorar em meados de novembro, com a chegada das chuvas na região da Campanha e na Fronteira Oeste, trazendo alívio para os produtores.

Apesar da escassez de chuva durante o mês de novembro, as precipitações registradas na semana de 18 de novembro, com volumes entre 30 e 40 milímetros, foram suficientes para reidratar o solo e permitir que o plantio fosse retomado. Com isso, a expectativa é de que a semeadura avance rapidamente nos próximos dias, o que poderá contribuir para alcançar a produtividade esperada de 2.673 quilos por hectare, um valor superior à média dos últimos cinco anos.

Expectativas para a safra 24/25

A safra de soja 2024/25 no Brasil já atingiu 85,6% da área prevista até o dia 22 de novembro, de acordo com dados do levantamento de Safras & Mercado. Isso indica que o plantio está adiantado em comparação ao ano anterior, quando 75,1% da área foi semeada no mesmo período. A média dos últimos cinco anos é de 79,3%. Embora o avanço do plantio tenha sido acelerado, as condições climáticas nas próximas semanas serão determinantes para ajustar a expectativa de produtividade.

Por: Canal Rural

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