Os representantes de cada Agência de Defesa fizeram uma apresentação das ações que vêm realizando nos seus Estados
As ações de combate à Monilíase, doença provocada por um fungo que ataca os frutos do cacau e do cupuaçu, foram o assunto principal de uma reunião on-line realizada nesta terça-feira, 09, com representantes das Agências de Defesa Agropecuária da região Norte e também do Estado da Bahia.
Convocada pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), a reunião discutiu as ações que serão desenvolvidas para o combate à doença, que já está presente no Acre e no Amazonas e que pode impactar a atividade cacaueira, provocando prejuízos de até 100 por cento na produção.
Durante a reunião, os representantes de cada Agência de Defesa fizeram uma apresentação das ações que vêm realizando nos seus Estados e as necessidades que eles têm para fortalecer as atividades que já estão sendo executadas.
O diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo, que preside o Fórum Nacional de Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa) da região Norte, ressaltou como o Pará está preparado para atuar em caso de emergência fitossanitária e disse que convocou a reunião porque o Estado é o maior interessado em evitar o ingresso da praga no seu território.
“Nós somos o maior produtor de cacau do País, com amêndoas premiadas internacionalmente. Então, é importante nós fazermos essa convocação e iniciarmos essa discussão, que é necessária para prevenir a entrada desta praga no nosso território. E nós pontuamos várias demandas que devemos encaminhar para o Fonesa Nacional e para o Ministério da Agricultura, em Brasília. Com as demandas e as pautas elencadas na reunião, vamos demonstrar que os Estados estão unidos e fortes para que possamos controlar e coibir o ingresso da Monilíase no Pará e na região Norte”, enfatizou o diretor.
Na oportunidade, foi elaborado um documento que será encaminhado para a coordenação nacional do Fonesa com as solicitações dos Estados. De acordo com o gerente de Defesa Vegetal da Adepará, Rafael Haber, as discussões foram relevantes e demonstram uma preocupação de todos os entes com o avanço dessa praga. “Todos os Estados estão focando em ações, desenvolvendo muitos esforços, no sentido de ter o mínimo possível de impacto com a Monilíase”, frisou o gerente.
Ações da Adepará – As ações de defesa do território paraense contra a Monilíase que vem sendo executadas pela Adepará envolvem o cadastramento para mapeamento e reconhecimento das áreas de produção, através do georreferenciamento das propriedades e dos plantios; levantamento das rotas de risco tanto na área urbana quanto rural; levantamento de detecção da praga; educação fitossanitária e fiscalização do trânsito agropecuário de produtos vegetais. Para este ano, a meta da Agência é realizar mais de mil levantamentos fitossanitários em 41 municípios do Pará.
Por: Agência Pará