O orçamento atual do Ministério da Agricultura para a adoção das políticas de agricultura de baixa emissão de carbono (ABC) soma hoje cerca de R$ 210 milhões, segundo o coordenador da Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo da pasta, Arno Jerke Junior, referindo-se ao programa ABC, previsto no Plano Safra 2015/2016. Jerke participa nesta tarde da apresentação do projeto “Intensificação da pecuária brasileira: seus impactos no desmatamento evitado, na produção de carne e na redução de emissões de gases de efeito estufa”, no auditório da FGV.
O estudo avalia a aplicação das técnicas de agricultura de baixa emissão de carbono (ABC) para desenvolver a pecuária no País, com a recuperação de áreas degradadas e aumento da produtividade da terra, sem a necessidade de abertura de novas áreas. Entre as técnicas utilizadas na ABC estão por exemplo a integração lavoura-pecuária-floresta, onde a adubação destinada à lavoura serve na sequência para adubar o pasto na mesma área e assim sucessivamente.
A floresta, cujas mudas são instaladas desde o início, vem como renda adicional ao produtor alguns anos depois, no mesmo local. Ou seja, amplia-se o uso da mesma terra, mantendo-a sempre coberta com vegetação, recuperando áreas degradadas e sequestrando carbono, garantindo renda extra e evitando mais desmatamentos.
De acordo com ele, na safra 2015/2016 houve 80% de adesão às linhas de crédito destinadas à ABC. “Estamos trabalhando para conseguir uma taxa de juros competitiva para a próxima safra e para continuar a passos largos com o programa”, afirmou.
Fonte: Globo Rural