Após cinco meses, Plano Safra Verde ainda não saiu do papel

Promessa de juro menor para boas práticas não foi regulamentada

Após cinco meses da cerimônia oficial de divulgação do Plano Safra 23/24, a promessa de garantir taxas de juros menores para produtores rurais que adotam práticas  sustentáveis na produção agro não saiu do papel. Quando questionado, o Ministério da Agriculturarespondeu via e-mail esclarecendo que a medida ainda não foi regulamentada e que a proposta foi encaminhada ao Ministério da Fazenda para deliberação do Conselho Monetário Nacional. Tentamos contato com a Fazenda, que não retornou com mais detalhes até o momento. O Plano Safra Verde defendido pelo governo prevê a redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros para produtores que tiverem o Cadastro Ambiental Rural analisado sem passivo ambiental ou em programa de regularização ambiental. Também prevê a redução de 0,5 ponto percentual para produtores que adotarem boas práticas.

A meta é que os agricultores possam somar as boas práticas e chegar a uma redução de até 1 ponto percentual nas taxas de juros. A ideia é ótima e foi bem recebida pelo setor agropecuário, que viu uma oportunidade de bonificação pelo manejo ambientalmente correto já adotado em várias propriedades. No entanto, há boas chances da promessa ficar só no papel e não virar uma economia real no campo. O motivo? Custa caro viabilizar a redução de taxas de juros prometida, além das dificuldades de normatização das regras sugeridas pelo governo para comprovar as boas práticas. Uma coisa é o discurso, outra é a prática. Será que até o fim do Plano Safra vamos ver produtores premiados pelas boas práticas ambientais que já adotam?

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