Ao longo dos últimos anos, em várias ocasiões, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), ao projetar as tendências mundiais da carne de frango, apontou o Brasil como segundo maior produtor mundial, superando a China e ficando atrás, apenas, dos EUA.
Mas isso nunca se concretizou, seja porque a produção brasileira reduziu seu ritmo de expansão ou porque a expansão chinesa acabou sendo maior que a originalmente prevista.
No biênio 2010/2011, por exemplo, a produção brasileira foi muito similar à chinesa, sinalizando superação muito próxima. Mas nos dois anos seguintes o volume de carne de frango produzido retrocedeu e o segundo lugar tornou-se algo mais distante.
Nos dois últimos anos (2014 e 2015) o processo se repetiu. Mas, desta vez, a possibilidade de a China vir a obter incremento anual da ordem de 4% (como ocorreu em 2012) foi tolhida pela política sanitária chinesa.
Explicando, com a ocorrência de Influenza Aviária nos EUA, em 2015 o governo chinês fechou totalmente as portas aos produtos avícolas norte-americanos. Como isso incluiu reprodutoras, a avicultura chinesa perdeu as condições de manter a produção anterior e o previsto para este ano é um volume de carne de frango cerca de 5% menor.
O Brasil, com certeza, dificilmente atingirá os 13,6 milhões de toneladas que vêm sendo previstos pelo USDA. Mas, também com certeza, a produção brasileira estará acima dos 13 milhões de toneladas.
Assim, ainda que o ano tenha sido marcado por eventos que colocaram a atividade em dificuldades jamais observadas, em 2016 a avicultura brasileira poderá comemorar o título de segundo maior produtor mundial de carne de frango.
Fonte: Avisite