A 19a edição do Salon du Chocolat em Paris terminou hoje com mais de 120 mil visitantes. A grande novidade desse ano foi o espaço Confeitaria que garantiu 20 mil m² a mais que o ano passado e, quase 250 expositores para um público sempre fiel que veio em massa se deliciar com guloseimas francesas e chocolates vindos do mundo inteiro. Para os integrantes do stand Cacau do Brasil, o balanço é mais que positivo, todos são unânimes em ressaltar a importância desse evento e os contatos que ele possibilita por ser o maior do gênero. Em 2013 Pará, Bahia e Amapá trouxeram representantes de produtores de cacau e de chocolate, além de vender chocolates finos feitos no Brasil para o exigente público francês. O stand de 100 m² bem ao lado do palco principal chamou a atenção de um público ávido em novidades.
Esse Salon serviu também para divulgar os dois próximos Festivais do Cacau e Chocolate. A edição de Belém acontecerá de 3 à 6 de abril de 2014 e em Ilhéus de 25 à 27 de julho. Dois chocolateiros já confirmaram presença na edição de Belém: o chef francês Stephane Bonnat e o japonês Antonio Koji Tshuchiya. Para o secretário da agricultura do Pará, Hildegardo Nunes, a comitiva paraense veio a Paris com o objetivo de aumentar a representatividade do estado, de manter contatos técnicos e comerciais para aumentar a produção de cacau no estado. O Pará atualmente é o segundo maior produtor de cacau no Brasil e a intenção é de ampliar a produção atual de 80 mil toneladas/ano para 200 mil toneladas/ano em 2022. “Para isso, várias ações serão tomadas como a capacitação de produtores, um maior incentivo para participar do Cacao awards do Salon du Chocolat (concurso internacional da melhor amêndoa) e um intercâmbio intra-estadual de experiências bem-sucedidas com o apoio da Emater e da Ceplac”, afirma Hildegardo.
Para o representante da Comissão Executiva do Plano de Lavoura Cacaueira (Ceplac) do Pará Raymundo da Silva Mello Junior, o Salon proporciona aos produtores várias oportunidades e mostra o mercado que o cacau fino ainda pode conquistar. Essa é a mesma opinião do diretor da Biofábrica, Henrique de Almeida. Ele lembra que ao observar o mercado em Paris, ele sai com a certeza que a amêndoa brasileira é de boa qualidade, que os negócios são animadores além das tendências do chocolate gourmet. “Tudo isso nos motiva e dá ainda mais vontade de investir nesse nicho”, conclui.
Leandro Almeida, da Mendoá Chocolates, volta para a Bahia com o sentimento de dever cumprido. Pela primeira vez em Paris e lançando internacionalmente a linha de chocolates finos que leva o mesmo nome, Leandro confirma o entusiasmo e a intenção de ampliar a produção de chocolates gourmet já que a aceitação dos franceses foi considerada excelente. Klewer Carvalho, da Cunnani no Amapá é outro produtor de chocolate que voltará certamente em 2014 assim como a cooperativa Cacauway de Medicilância do Pará.
Fechando o evento Marco Lessa, organizador do stand, diz que essa é a melhor participação do pais das cinco edições que o Brasil esteve presente e comenta : “Vários contatos foram feitos para comercialização de amêndoa, conhecemos novas tecnologias de maquinário, pudemos divulgar os dois festivais sem contar com a boa acolhida francesa dos chocolates gourmets. Tudo isso nos mostra que estamos no caminho certo e que voltaremos ano que vem”.
Fonte: Denise Cunha (Assessora de Imprensa) denisercunha@gmail.com