Conheça as dez plantas daninhas em pastagens mais temidas pelo pecuarista

Texto lista as plantas invasoras de pastagens que ocorrem com mais frequência nos piquetes Brasil afora; veja suas características e como evitá-las.
Conheça as dez plantas daninhas em pastagens mais temidas pelo pecuarista

Um texto publicado pelo portal Pasto Extraordinário listou as dez plantas daninhas em pastagens mais comuns no Brasil. São elas, portanto, as que mais preocupam os pecuaristas.

Segundo o texto original, a lista faz parte das descobertas do estudo “Uma nova visão sobre a interferência de plantas daninhas em áreas de pastagens”. Os dados foram apresentados na Feicorte (Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne) no ano em 2013 pelo o professor da UFMT Sidnei Roberto de Marchi.

Conforme ressaltou o pesquisador, as plantas daninhas em pastagens, além de concorrer com a forrageira pelos nutrientes, além de água, luz e energia, também prejudicam o pastejo.

Nesse sentido, o pesquisador apontou que a ocorrência de plantas urticantes ou com espinhos afastam os animais, que fazem um raio de até um metro da planta ao pastarem.

Outra pesquisa destacou que com 15 dias de concorrência entre plantas daninhas em pastagens com a forrageira, a produção de massa verde cai em até 20%. Após 30 dias, a redução chega a 45% e continua em uma espécie de progressão geométrica, podendo chegar a 90% de queda após quatro meses.

Em seguida, confira as espécies de plantas daninhas em pastagens que mais desafiam a pecuária brasileira:

1 – Leiteira ou Leiteiro (Euphorbia heterophylla)

Conforme diz o texto original, a planta invade lentamente o pasto até um nível de alta infestação, causando danos ao pasto e ao gado. Ocorre em regiões tropicais e subtropicais. Dessa forma, se reproduz em grande parte do País. A altura varia entre 40 e 60 centímetros. A escolha do nome se deu porque possui uma solução leitosa ao longo de sua estrutura.

2 – Barbatimão (Stryphnodendron adstringens)

De antemão, causa perigo por ser uma planta tóxica que ocorre no Brasil Central. Folhas e também as favas têm potencial para abortos e demais formas de intoxicação do rebanho. Assim, os sintomas são mucosa bucal anêmica, bem como a mucosa ocular. Além disso, ocorre salivação espumosa em abundância. Posteriormente, os animais sofrem diminuição dos movimentos ruminais e têm edema submandibular e palpebral com lacrimejamento contínuo, bem como o apetite reduz. Em resumo, a árvores tem altura de dois a até seis metros com copa redonda.

3 – Cafezinho ou Erva-de-rato (Palicourea marcgravii)

Agora, trata-se de planta tóxica mais relevante do País. Primordialmente do Bioma Amazônico. Os animais que a consomem têm morte súbita. Sua identificação se dá pelas suas características, um arbusto que nasce em locais com sombra com altura de 40 a 80 cm.

4 – Samambaia-do-campo (Pteridium aquilinum)

Do mesmo modo, a samambaia é tóxica. Porém, ocorre em todo o Brasil. As folhas têm até três metros de comprimento. Pode causar quadros patológicos que variam conforme a quantidade de ingestão pelos bovinos.

5 – Assa-peixe (Vernonia polyanthes)

Tem folhas ásperas e apresenta flores violáceas ou esbranquiçadas no inverno. Sua reprodução ocorre com facilidade, o que assusta os produtores. Por fim, as plantas daninhas em pastagens têm potencial para inutilizar o piquete. Mais frequente no Cerrado e em estados como BA, MG, GO e de SP a SC.

6 – Flor-das-almas ou Maria-mole (Senecio brasiliensis)

Planta intoxica os animais no outono/inverno e causa efeito irreversível. Mais frequente no Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

7. Cambará ou Chumbinho (Lantana camara)

Em suma, o arbusto das plantas daninhas em pastagens pode chegar a até 120 cm. É perene e se prolifera rapidamente. Provoca irritações e alergia pela ingestão de qualquer parte por conter lantadeno A e lantadeno B. Finalmente, os bovinos apresentam sensibilidade à luz, cianose, diarreia, efeitos hepatotóxicos, vômitos, dilatação de pupilas, fraqueza e falta de apetite.

8 – Fedegoso-preto (Senna occidentalis)

Bem como as plantas daninhas em pastagens anteriores, esta também é tóxica. Sobretudo em sua semente, mas também caule, folhas e vagens verdes. O arbusto tem até 1,6 m de altura. Por exemplo, no Sul, os animais consomem após as geadas. Assim, apresentam fraqueza, falta de coordenação motora, diarreia, dificuldade para caminhar e tremores. Em suma, causa necrose e degeneração dos músculos dos bovinos.

9 – Mio-mio, Vassourinha ou Alecrim falso (Baccharis coridifolia)

Igualmente é tóxica e infesta pastagens, sobretudo no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, em áreas de Cerrado. Acima de tudo na fase de floração, pode matar o bovinos em menos de um dia. Seu porte é médio e varia de 50 a 80 cm.

10 – Sidas ou Guanxumas (Sida sp.)

Por fim, estas plantas daninhas em pastagens ocorrem com mais frequência nos solos cultivados. Como resultado, infesta pastagens em SP, MT, MS, MG, GO e PR. Seu controle é difícil, por é rustica, cresce rapidamente até 80 cm e seu ciclo é anual

CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM PASTAGENS

Em síntese, o texto original aponta que o pecuarista tem algumas medidas que ajudam a controlar as plantas daninhas em pastagens. Em primeiro lugar, identificar a espécie. Depois disso, estabelecer um manejo de pasto e se certificar da qualidade da sementes que comprou.

A análise do local e clima também é importante para prever a incidência das plantas invasoras de pastagens. Enfim, a consulta a um técnico especialista, como um agrônomo, também ajuda a controlar as espécies.

Fonte: Pasto Extraordinário

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