Conheça as principais raças nacionais de suínos

O Brasil destaca-se pela diversidade de raças suínas de origem nacional, as quais apresentam a capacidade de proporcionar carne com um padrão de qualidade excepcional; Descubra as principais raças nacionais de suínos que contribuem para essa excelência!

O setor de suinocultura tem conquistado crescente relevância na economia brasileira ao longo dos últimos anos, consolidando-se como uma peça fundamental na produção de alimentos. O avanço no melhoramento genético representou uma verdadeira revolução na suinocultura brasileira.

Ao aprimorar geneticamente os animais, os suinocultores conseguiram elevar tanto o desempenho produtivo quanto reprodutivo dos suínos, resultando em um aumento significativo na produtividade. Rony Antônio Ferreira, renomado zootécnico e autor do livro “AFE Suinocultura – Manual Prático de Criação”, destaca que o Brasil conta hoje com diversas raças de suínos nacionais, capazes de proporcionar carne com um padrão de qualidade excepcional. Conheça nesse artigo as principais raças nacionais de suínos!

Raças nacionais de suínos destacadas na suinocultura brasileira

O setor de suinocultura experimenta um crescimento constante no Brasil. Quando realizada com planejamento e expertise, essa atividade se revela uma fonte significativa de renda. Um ponto crucial nesse processo é a seleção da raça apropriada para criação. A seguir, apresentamos as raças de destaque na suinocultura brasileira, destacando as principais características de cada uma:

Nilo Canastra

O suíno nilo canastra se destaca por sua singularidade, sendo desaconselhado para regiões mais frias devido à ausência de pelos, apresentando apenas algumas cerdas esparsas. Com tamanho, prolificidade e maturidade sexual de nível intermediário, este suíno se revela mais rústico e especialmente indicado para a produção de banha.

Foto: Divulgação

Canastrão

Conhecido por diversos nomes, como zabumba ou cabano, o trapaceiro destaca-se por sua pele resistente e pelagem escassa, que varia entre tons de preto ou avermelhado. Apesar de sua robustez, os suínos canastrão são altos e apresentam um crescimento lento, atingindo a fase de engorda apenas no segundo ano de vida. Sua vantagem reside na notável capacidade reprodutiva, sendo que a criação desses animais tem como principal objetivo a produção de banha.

Canastra

Popularmente apelidada de “moxom” ou “meia-perna”, a raça canastra revela sua peculiaridade por meio das pernas curtas dos suínos. Com porte médio e pele escura, esses animais possuem uma pelagem fina que cobre todo o corpo. A criação do canastra também visa predominantemente à produção de banha.

Caruncho

Destacando-se como uma raça de grande importância para os pequenos produtores, o suíno caruncho se distingue por seu tamanho compacto e pela pelagem que exibe uma tonalidade semelhante à areia, pontilhada por manchas pretas. Sua aptidão notável está voltada para a produção de gordura, sendo classificado como uma raça de desenvolvimento mais demorado, exigindo um período mais extenso para alcançar o ponto ideal para o abate.

Foto: Divulgação

Piau

Em contraste com as raças anteriores, o piau destaca-se por sua pelagem malhada, variando entre tons de branco-creme e preto. Originário dos estados de Goiás, Mato Grosso e São Paulo, esse suíno apresenta uma carcaça com espessura de aproximadamente 4 cm, sendo de porte médio a grande.

Foto: Divulgação

Moura

Com raízes no Sul do país, a raça moura é reconhecida como uma das primeiras variedades brasileiras a serem oficialmente catalogadas. Os animais pertencentes a esta raça exibem uma pelagem caracterizada pela mescla de pelos escuros e brancos. Sua habilidade destacada está centrada na produção de carne de qualidade, evidenciando sua aptidão notável. Além disso, destaca-se por sua excelente capacidade reprodutiva.

 Foto Divulgação

Principais variedades internacionais

Para além das raças nacionais, o Brasil abriga a criação bem-sucedida de algumas raças estrangeiras, que apresentam alta performance reprodutiva e produtiva, capazes de oferecer ao consumidor carne com alto padrão de qualidade. Vejamos as principais:

Duroc

Primeira raça de suíno a ser introduzida no Brasil, a Duroc é originária dos Estados Unidos. Com grande porte, o porco Duroc é robusto, rústico, forte e ágil. Sua pelagem apresenta cor marrom-avermelhada. Com apenas um ano de vida, o macho alcança 270 kg e a fêmea, 225 kg, ambos com excelente ganho de peso diário. Trata-se de uma raça utilizada no melhoramento da carne de outras raças de porcos, pois apresenta ótima aptidão para fornecer carne magra. Além disso, o suíno Duroc produz banha e toucinho de qualidade.

Hampshire

A raça de suíno Hampshire também é proveniente dos Estados Unidos. Dócil e rústico, o porco Hampshire produz carne de boa qualidade. Sua pelagem é curta, com cor preta mesclada de faixas brancas nos membros anteriores. Já no primeiro ano de vida, esse suíno alcança 300 kg. Com alta fecundidade, uma única fêmea da raça é capaz de gerar cerca de nove leitões por prenhez.

Landrace

O suíno Landrace é originário da Dinamarca e alcança 300 kg na fase adulta. Desenvolvida no final do século XIX, a raça é amplamente utilizada para melhoramento genético e como matriz. No Brasil, a raça corresponde a mais de 15% do plantel nacional, sendo considerada uma das mais produzidas no país. Com ótimo desempenho produtivo e reprodutivo, além de excelente habilidade materna, a Landrace apresenta carne magra, ideal para pernil.

Large White

Introduzida no Brasil nos anos 70, a raça de porco Large White é originária da Inglaterra. Correspondendo a cerca de 23% do rebanho suíno nacional, a Large White também é uma das mais produzidas no nosso país. Com pelagem branca e boa formação dos membros, essa raça apresenta pernis cheios e profundos. Além disso, possui excelente desempenho reprodutivo e produtivo, com elevado ganho de peso diário.

Pietrain

Proveniente da Bélgica, a raça suína Pietrain possui pelagem branca com manchas pretas e apresenta ótima aptidão para produzir carne e toucinho. Embora ganhe peso diário de forma mais lenta, a Pietrain apresenta ótimo rendimento da carcaça, graças à sua elevada conversão alimentar. Com boa fecundidade, esse dócil suíno é utilizado em programas de melhoramento genético para aprimoramento da qualidade da carne.

Princípios de sustentabilidade e eficiência na suinocultura

Para atender às demandas globais na comercialização de carne suína, o Brasil adotou diversas estratégias cruciais para aprimorar a eficiência e a sustentabilidade na cadeia produtiva. Isso envolve avanços genéticos, a implementação de estruturas voltadas para o bem-estar animal e a adoção de boas práticas de manejo. É imperativo que, mesmo diante do aumento na produção, os criadores mantenham uma consciência ambiental, priorizando o bem-estar dos suínos ao longo de toda a sua vida.

Escrito por Compre Rural

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