O Núcleo de Gerenciamento do Pará Rural realizou na sexta-feira (6), na sede do órgão, no bairro Batista Campos, a primeira Feira da Agricultura Familiar de 2017. A feira, que completará um ano em maio, já reúne excelentes resultados. Um deles é aproximar produtores familiares dos consumidores. Em menos de 12 meses, a iniciativa já aumentou o seu faturamento em mais de 200%.
A Feira da Agricultura Familiar faz parte de uma série de feiras promovidas pelo Estado, com apoio da Central de Abastecimento do Pará (Ceasa), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e de Pesca (Sedap) e do Pará Rural, entre outros parceiros, em diversos pontos da Região Metropolitana de Belém.
“O Pará Rural é um programa do governo do Estado que quer desenvolver a agricultura familiar e fazer com que o nível de renda das famílias rurais melhore e se desenvolva. Para isso, nós fomentamos esse contato dos produtores com a população. Além de proporcionarem a venda de produtos de qualidade a um custo mais baixo, essas feiras são também uma oportunidade dos produtores rurais entrarem em contato com compradores pequenos e de grandes empreendimentos”, avalia Frederico Monteiro, gerente executivo do Pará Rural.
Clientela – Gisane Rodrigues é uma das participantes da feira. Veio direto do município de Bragança, de onde vem uma das farinhas mais famosas do Pará. Gisane produz, por meio da agricultura familiar, sua própria marca de farinha. O produto cumpre todas as exigências da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará – e tem como diferencial alguns sabores e misturas. Ela adiciona ingredientes como calabresa, jambu, carne seca e até mesmo o açaí durante o processo de fabricação da iguaria.
“A feira é uma ótima oportunidade para vendermos os nosso produto direto para o cliente. Além disso, nós conseguimos formar outra clientela. A farinha de Bragança é muito famosa. E para chamar mais a atenção, nós produzimos essas variações, que têm agradado muito o público, principalmente a farinha feita com charque seco. E todas estão de acordo com as normas da Adepará”, sorri Gisane, orgulhosa de sua produção.
“Estamos participando da feira desde 2015 [da feira] e tem sido uma ótima oportunidade para o público conhecer os nossos produtos, saber que Vigia também tem outras coisas de qualidade, como os nossos iogurtes e queijos. Já fornecemos também para algumas escolas de municípios próximos. As feiras são sempre um momento importante para nós”, explica Antônio Alcoforado, diretor financeiro da Casp.
Vizinhança – Quem mora próximo a sede do Pará Rural, localizada na rua dos Apinagés (270), entre Mundurucus e Tamoios, também já fica atenta para as datas da feira. “Eu sempre venho aqui comprar frutas, verduras e legumes. Hoje o que me chamou atenção foram esses queijos, e resolvi experimentar. A feira é uma oportunidade boa tanto para os produtores quanto para os consumidores. Melhora os preços e as vendas”, diz Augusto Burnett, vizinho e consumidor da feira.
O chefe da Casa Civil, José Megale, esteve presente na primeira feira do ano para conversar com os produtores e também levar alguns produtos para casa. “Esta é uma política fantástica, orientada pelo governador Simão Jatene, e vem na direção de aproximar o produtor da sociedade, de facilitar a escoação da pequena produção, especialmente da agricultura familiar, que está cada vez melhor e mais qualificada”, ressaltou Megale. “O maior problema deste produtor é a comercialização, principalmente com o atravessador, que mesmo sendo necessário, causa perdas nos preços. Aqui esses produtores podem vender a um preço mais justo e atrativo para ambos os lados”.
Nelas, o consumidor encontrará os mais variados produtos hortifrutigranjeiros, além de mel, própolis, queijo, iogurte, farinha, tucupi, pimenta, entre outras iguarias da culinária local, produzidas nos municípios de Santa Bárbara, Marapanim, Igarapé-Açu, Acará, Vigia e Bragança.
Por Diego Andrade
Fonte: Agência Pará