Na sexta-feira (19), a chefe do Programa Global de Influenza da Organização Mundial de Saúde (OMS), Wenqing Zhang, notificou a detecção do vírus da gripe aviária H5N1 em leite cru de animais infectados, ainda sem previsão sobre quanto tempo o vírus permanece no leite.
Após a divulgação, ainda na sexta, as cotações do leite classe 3 subiram 2,5% na bolsa de Chicago. Na terça-feira (23), a classe já recuava, em queda de 1,14%.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), ao menos oito Estados dos EUA notificaram casos de gripe aviária em rebanhos leiteiros, mas não houve imposição de quarentena.
Brasil também registra casos de gripe aviária em mamíferos
No Brasil, os casos de gripe aviária aumentam. O país soma 163 casos da doença, com o acréscimo de outro caso detectado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) nesta segunda-feira (22) em Guarapari, no Espírito Santo.
O Estado concentra o maior número de casos da doença, um total de 34, sendo 33 em aves silvestres e um em ave de subsistência. Rio de Janeiro aparece logo atrás, com todas as 30 notificações em aves silvestres.
O primeiro caso de H5N1 detectado em mamíferos no Brasil ocorreu em outubro do ano passado. A influenza aviária A pode infectar desde aves a humanos, o nome reside no fato da cepa ter alta afinidade com as células de aves, tendo aves migratórias como as principais transmissoras.
No começo do mês, no Texas, Estado norte-americano, uma pessoa havia testado positivo para a doença. A pessoa foi infectada por uma vaca leiteira, após ter exposição direta ao animal.
À época da detecção do caso, o governo texano reiterou que a transmissão da gripe raramente ocorre entre pessoas, sendo ocasional a infecção em humanos.
Por: MoneyTimes