Guerra na Ucrânia reforça necessidade de indústria química uma a nacional fortalecida

A guerra na Ucrânia impôs ao mundo um cenário de crise. Mesmo com milhares de quilômetros que dividem o Brasil da região onde acontecem os conflitos, o país hoje já enfrenta os reflexos.
Guerra na Ucrânia reforça necessidade de uma indústria química nacional fortalecida

O preço do barril de petróleo no mercado internacional tem sido pressionado, já que a Rússia é um importante produtor da commodity. A alta do insumo impacta diretamente a indústria química, responsável por fornecer produtos para montadoras, fábricas de calçados e construção civil, por exemplo.

Há também forte tendência de desabastecimento de fertilizantes no Brasil, o que impactará diretamente a produção alimentícia nacional. Isso porque hoje o país importa 85% dos fertilizantes que utiliza e vem da Rússia 23% dessas importações. Quanto mais dependente do produto internacional, mais vulnerável estará a indústria nacional.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria (Abiquim), Ciro Marino, explica que a indústria química é de longos ciclos. Portanto, a crise de abastecimento de Rússia e Ucrânia não se resolverá de forma emergencial. “É preciso olhar para frente. E para isso é preciso uma forte estratégia de Estado. No Brasil o setor fica sujeito a questões conjunturais. Se não soubermos que Brasil vamos ter em oito ou dez anos, ninguém investe. Temos hoje uma crise de investimento”, defendeu.

A indústria química do Brasil, que será diretamente impactada pela vulnerabilidade internacional, trava uma luta de tempos para ser competitiva dentro do mercado nacional. Atualmente, a indústria química já opera com apenas 72% da capacidade instalada no país, enquanto a participação dos produtos importados no mercado interno já é de 46%.

E é com base nessa lógica que a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) lança, no próximo dia 17, uma grande campanha de mobilização nacional, com o objetivo de conscientizar a sociedade e os poderes públicos sobre a importância da permanência do Regime Especial da Indústria Química (REIQ), que é uma forma utilizada para equilibrar a balança desfavorável brasileira em relação ao mercado internacional desde 2013.

“Estamos trabalhando para que esta campanha reforce, por meio da comunicação, a importância da permanência do REIQ e os impactos da medida na geração de emprego e renda para o país. Queremos dar subsídios para o entendimento dos tomadores de decisão e sociedade em geral”, complementou o presidente da Abiquim.

Fonte: FSB

Por: Portal do Agronegócio

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