O percentual geral de inadimplência do agronegócio, por outro lado, se manteve estável em cerca de 27,5%
Um novo estudo da Serasa Experian, divulgado nesta terça-feira (7), mostra que a inadimplência de produtores rurais arrendatários aumentou de 9% para 13,7% no período de 2020 a 2023.
O percentual geral de inadimplência do agronegócio, por outro lado, se manteve estável em cerca de 27,5%.
O levantamento, que considera apenas dívidas com vencimento superior a 180 dias e em setores que se relacionam às atividades principais do agronegócio, foi feito com base em dados de cerca de 9,5 milhões de donos de propriedades rurais e/ou aqueles que possuam empréstimos e financiamentos da modalidade rural e/ou agroindustrial distribuídos em todos estados do país.
Segundo o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, proprietários de terras e arrendatários tiveram um comportamento semelhante até o 2º trimestre de 2021 quando os arrendatários tiveram um aumento considerável, se descolando dos demais segmentos.
Na avaliação de Pimenta, o aumento da inadimplência entre os arrendatários pode estar relacionado a uma série de fatores, como a alta dos preços dos insumos, a seca e a geada, que afetaram a produtividade das lavouras.
“Os arrendatários são mais suscetíveis a esse tipo de impacto, pois dependem da renda gerada pela lavoura arrendada para honrar os seus compromissos financeiros”, explica.
Inadimplência por tamanho e região
Quando analisada por porte, a inadimplência do agronegócio se manteve estável para pequenos e médios produtores, com índices de 6,3% e 6,5%, respectivamente.
Os grandes produtores, por outro lado, apresentaram um indicador maior, chegando a 9,9%.
Por região, o Norte registrou o maior percentual de inadimplência, com 11%. A região do Nordeste ficou em segundo lugar, marcando um indicador de 9,9%.
O Sul ficou com o cenário mais positivo, tendo apenas 4,7% dos produtores desta região inadimplentes.