La Niña vai agravar ou reduzir o calor no Brasil? Entenda

Foto: Divulgação

Uma onda de calor sem precedente em janeiro foi responsável por marcar o oitavo mês consecutivo de quebras de recordes de calor em todo o mundo; mas e se houver La Niña, o calor no Brasil piora ou diminui? Entenda

No mês de janeiro deste ano, o planeta enfrentou uma onda de calor sem precedentes, com uma temperatura média do ar na superfície atingindo 13,14 °C. Este valor, de acordo com dados comparativos entre 1991 e 2020, superou a média em 0,7 °C. Contudo, a anomalia torna-se ainda mais alarmante quando contrastada com o período pré-industrial (1850-1900), chegando a 1,6 °C acima da média.

Esses números perturbadores, divulgados pelos principais institutos de pesquisa em meteorologia, marcam o oitavo mês consecutivo de quebras de recordes de calor em todo o mundo. Essa tendência preocupante é agravada pelo cenário já estabelecido em 2023, que foi considerado o ano mais quente já registrado, marcado por desastres climáticos devastadores em várias partes do globo.

Os impactos desses extremos climáticos são sentidos em diversas áreas, especialmente na agricultura, onde estiagens severas e excessos de chuva comprometem a produção de alimentos. O fenômeno do El Niño em curso já causou danos significativos em estados-chave da produção agrícola, como Mato Grosso, e apesar de começar a enfraquecer, as temperaturas marítimas permanecem preocupantemente altas.

A transição para um estado de La Niña geralmente resulta em uma diminuição do calor no Brasil. Durante um episódio de La Niña, as águas do oceano Pacífico Equatorial ficam mais frias do que o normal, o que pode levar a uma redução das temperaturas atmosféricas. Isso pode resultar em um clima mais ameno e menos extremo em várias regiões do Brasil, ajudando a aliviar os efeitos das ondas de calor e das secas.

Entretanto, apesar de as previsões apontarem para a possibilidade de transição para um estado de La Niña, existem preocupações sobre um retorno indesejado ao El Niño, que poderia agravar ainda mais os desafios enfrentados pelo clima e pela produção de alimentos. Os especialistas continuam monitorando de perto essas condições climáticas em constante mudança, enquanto a comunidade global permanece alerta para enfrentar os desafios do aquecimento global e suas consequências.

Escrito por: Compre Rural.

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