O México poderá recuperar a liderança internacional que perdeu em termos de café, já que prevê que a produção chegue a 4,5 milhões e 10 milhões de sacas em três e sete anos, respectivamente, disse a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Rural, Pesca e Alimentação (Sagarpa).
Em uma reunião com organizadores e produtores de café de diversos estados do país, o presidente da Sagarpa, José Calzada Rovirosa, disse que o café é um tema social que repercute na receita de milhares de famílias mexicanas, particularmente em estados como Chiapas, Oaxaca, Guerrero e Puebla. “Por isso o interesse no compromisso de entrarmos a fundo no tema do café”.
Ele ressaltou que esse ano se conta com um orçamento de 1,2 bilhão de pesos (US$ 63,39 milhões), recursos que são muito superiores aos do ano passado.
Ele disse que a Sagarpa e os produtores selecionarão os melhores fornecedores e estão convencidos da qualidade do produto e que já começaram a ser entregues os incentivos nos estados de Nayarit e Veracruz, e “lhes pode garantir que em um prazo de duas semanas, dispersarão absolutamente todos os recursos”.
“Em três anos, estaremos produzindo 4,5 milhões de sacas e queremos em 10 anos estar produzindo 10 milhões de sacas”.
Também ressaltou que um dos objetivos é revisar, junto com as organizações, o padrão de produtores de café, “porque há alguns que dizem que são produtores e não são e outros que sim, são produtores, que não temos no programa. As duas questões são injustas”.
Por outro lado, o vice-secretário de Agricultura, Jorge Armando Narváez, disse que é necessário gerar um enfoque muito mais preciso e com transparência, no tema do café, e destacou que as organizações se comprometeram a ser visores na expedição de recursos e dos componentes que a Sagarpa tem.
Ele disse que o problema que se vive no setor cafeeiro é complexo, de forma que o desafio é difícil.
A produção de café no México está distribuída em 13 estados, dos quais Chiapas, Veracruz, Puebla e Oaxaca são os principais produtores e fornecem mais de 88% da produção nacional. Estima-se que essa atividade gera mais de três milhões de empregos, diretos e indiretos, dos quais 70% são realizados por produtores integrantes de comunidades cafeeiras indígenas.
As informações são do El Universal/ Tradução por Juliana Santin
Fonte: Café Point