Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram o dia com ligeiras perdas, próximos da estabilidade. Assim como na soja, as principais posições do cereal também trabalharam dos dois lados da tabela ao longo do pregão da segunda-feira (31), porém, finalizaram a sessão com leves quedas de 0,25 e 0,75 pontos. O dezembro/16 era cotado a US$ 3,54 por bushel, enquanto o março/17 trabalhava a US$ 3,62 por bushel. O maio/17 finalizou o dia a US$ 3,69 por bushel.
De acordo com dados da Granoeste Corretora de Cereais, o mercado acabou sendo pressionado pelo ajuste de posições dos fundos de investimentos diante da chegada do final do mês. A queda do petróleo também acabou pesando sobre os preços, segundo dados das agências internacionais. No final da tarde desta segunda-feira, o petróleo caía quase 4% na Bolsa de Nova York, com o barril cotado a US$ 46,76.
Do lado da demanda, os embarques semanais de milho somaram 791,896 mil toneladas, na semana encerrada no dia 27 de outubro. O número ficou dentro das apostas dos investidores, entre 700 mil a 900 mil toneladas. E acima do reportado na semana passada, de 544,421 mil toneladas.
Até o momento, os embarques de milho estão próximos de 9.151,788 milhões de toneladas, contra as 5.250,925 milhões de toneladas registradas no mesmo período de 2015.
O USDA também divulgou a venda de 100,973 mil toneladas de milho para Barbados. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2016/17.
Por outro lado, os investidores ainda acompanham as informações sobre o andamento da colheita nos EUA. Até a semana anterior, em torno de 61% da área plantada já havia sido colhida. A perspectiva dos investidores é que a colheita seja indicada completa em 78% da área plantada
Mercado brasileiro
Na BM&F Bovespa, os contratos futuros do milho finalizaram o pregão em campo misto na segunda-feira (31). As primeiras posições exibiram valorizações entre 0,60% e 0,61%, com o novembro/16 a R$ 41,30 a saca. Já as posições mais longas apresentaram perdas entre 0,09% e 0,46%. O maio/17 era negociado a R$ 36,73 a saca.
Enquanto isso, no mercado interno, os preços tiveram ligeiras movimentações, conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas. Em Campo Grande (MS), o preço cedeu 4,48%, com a saca do cereal a R$ 32,00. Em Assis (SP), a perda foi de 4,46%, com a saca a R$ 31,26. Na região de Panambi (RS), o preço caiu 2,46%, com a saca a R$ 38,04.
Na localidade de Rio Verde (GO), o valor recuou 2,50%, com a saca a R$ 39,00. No Oeste da Bahia, a saca encerrou o dia a R$ 42,00, com perda de 2,33%. Em Campinas (SP), a cotação caiu 2,40%, com a saca a R$ 40,60. Na região de Uberlândia (MG), o valor cedeu 1,14%, com a saca a R$ 43,50. No Porto de Paranaguá, o valor permaneceu estável em R$ 33,00 a saca do milho.
Por outro lado, nas praças de Mato Grosso, Tangará da Serra, Campo Novo do Parecis e Sorriso, a alta foi de 1,85%. A saca do cereal finalizou o dia a R$ 27,50.
O mercado ainda permanece sendo direcionado pela queda de braços entre compradores e vendedores, conforme ponderam os analistas. Ainda assim, a relação entre oferta e demanda continua ajustada no mercado doméstico e só deve melhorar no próximo ano com a entrada da safrinha no mercado.
Dólar
A moeda norte-americana caiu 0,20% e finalizou o dia a R$ 3,1900 na venda. Segundo a Reuters, o câmbio foi “influenciado pela briga entre comprados e vendidos para a formação da Ptax do mês, pela expectativa de ingresso de recursos com a regularização de ativos brasileiros no exterior e pelo movimento de ajuste”.