O Pará possui o segundo maior rebanho bovino do Brasil, formado por mais de 26 milhões de animais, e celebra, neste ano, o status “Livre de Aftosa Sem Vacinação”, conforme portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) nº 665, de 21 de março de 2024. A próxima etapa será a certificação via OMSA (Organização Mundial da Saúde Animal).
Já obtivemos o reconhecimento nacional e aguardamos, agora, o internacional, pois a suspensão definitiva da vacinação possibilitará a abertura de novos mercados, agregando valor e visibilidade internacional para os produtores do Pará, comemora o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), Carlos Xavier. “A conquista considerada exitosa é possível graças ao envolvimento do setor produtivo que abraçou, junto à FAEPA, o Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado (FUNDEPEC), e a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), o desafio de erradicar a doença. Estamos falando sobre sanidade animal e valor agregado ao nosso rebanho, além da economia que representa para os produtores, em cifras de milhões, retirada da vacina. Ou seja, todos ganham quando tomamos as medidas corretas para termos animais no campo com saúde e bem estar”, ressalta o presidente Xavier.
Para a apresentação do pleito junto à OMSA, ainda é importante continuarmos o protocolo soroepidemiológico. Os produtores deverão manter os animais selecionados separados dos demais, e não poderão ser comercializados, e nem transitados, até que o resultado dos exames laboratoriais seja liberado. Isso é fundamental para o êxito da sorologia. Após essa etapa, todos os animais deverão passar pela vacinação, com exceção daqueles do Marajó e dos animais que estão participando da diretamente do estudo”, explica a médica veterinária e assessora do FUNDEPEC, Rosirayna Remor.
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) organiza a última vacinação do rebanho de bovinos e bubalinos, que está sendo antecipada e irá acontecer no período de 1° a 30 de abril. Diferentes das campanhas anteriores, não haverá prorrogação desta etapa.
“Após o trabalho intenso da defesa animal, em parceria com os produtores do estado, chegamos a mais um estágio para que possamos avançar e alcançar o novo status sanitário de zona livre da doença sem vacinação. Realizaremos a última etapa de vacinação em Abril deste ano. Este grande avanço trará benefícios importantes à cadeia pecuária paraense, que possibilitará o aumento da produção, melhoria da confiança dos mercados aos produtos oriundos da agropecuária, geração de emprego e renda a nossa gente”, reconhece Jamir Macedo, Diretor Geral da ADEPARÁ.
Nesses casos, considerando a erradicação da Febre Aftosa, o Pará, para obtenção de novo status sanitário de Zona Livre da doença sem vacinação, precisará seguir algumas recomendações específicas que são determinadas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Entre elas, foi realizada a antecipação da campanha, pois todo o processo de suspensão da vacina precisa ser iniciado em maio, visto que o Estado precisa ficar um ano sem vacinação, e por igual período, sem receber animais vacinados.
Fonte: PAULA COSTA (ASCOM – FAEPA)