As explicações para a baixa de preço é a queda de preços dos fornecedores e batedores buscando garantir o consumo com preços mais acessíveis

Para o economista Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese-PA (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Estado do Pará), o preço do açaí deve cair em Belém. Segundo Sena, o litro do tipo popular pode ser encontrado a R$ 5 em alguns bairros da capital. O motivo seria a queda de preços dos fornecedores e batedores buscando garantir o consumo com preços mais acessíveis.
“O preço começou a diminuir a partir de maio. Até então, o litro do grosso estava R$ 28 e o médio R$ 18. O que está com esse preço de R$ 5 o litro, que o pessoal chama de popular, é o fino. O médio, que é o mais consumido, está na casa dos R$ 10 ou R$ 12”, analisa Sena.
“As vendas melhoraram muito com esse preço popular a R$ 6. O Popular já chegou a R$ 8 ou R$ 10. Ainda vai cair mais e vamos ganhar mais ainda na quantidade vendida e não direto no preço”, previu a Jaqueline Martins, batedora de açaí do bairro da Condor.
Sena destaca que o preço é elevado devido ao volume de exportações que não leva em conta o mercado interno. “Não que as exportações sejam ruins, mas estão levando até o que seria para o mercado interno e o preço sobe. O produto, em 20 anos do plano Real, subiu mais de 1000%, segundo nossas pesquisas em 59 pontos de venda. Já tivemos açaí a R$ 0,55 o litro no começo do plano Real. O produto hoje se afasta da mesa do paraense e do mais pobre pelo preço. Virou moda no Brasil e 90% do açaí comercializado no país é do Pará. Açaí daqui é marca. É o mesmo que aconteceu com o peixe. A produção aumentou, mas não acompanhou o consumo”, concluiu.
Fonte: ORM News