Apesar do otimismo para a próxima safra, o plantio da soja está atrasado em relação ao ciclo passado. “Tal cenário pode atrapalhar a segunda safra de milho e algodão, visto o encurtamento da janela produtiva. E as chuvas estão muito irregulares ainda, resta a oração! É Preciso Oração Diária pelas Chuvas”, ressalta o professor Marcos Fava Neves, especialista em planejamento estratégico do agronegócio.
Por outro lado, destaca ele, a soja terminou outubro com preços incríveis. “Para entregar em cooperativa de São Paulo a soja estava em R$ 165/saca e da safra 2020/21 já sendo negociada a R$ 135/saca. Há um ano estava em R$ 82/saca. No caso do milho, R$79/saca e, para entregas em agosto de 2021, R$ 56/saca. Há um ano o milho estava em R$ 40/saca. No boi, a arroba era negociada a quase R$ 280. Praticamente nada aponta para redução destes nos próximos 2 a 3 meses”, aponta Fava Neves, que é titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV em São Paulo.
Confira o que o especialista destaca como os “cinco fatos do agro para acompanhar agora diariamente em novembro”:
• As chuvas no Brasil e o andamento da safra. Previsões do clima para a safra 2020/21 de grãos é, de longe, a principal variável não apenas no Brasil, mas para o mundo observar.
• Os números finais da safra colhida nos EUA e os estoques de passagem;
• Importações da China nas carnes e grãos e também dos outros países asiáticos e os impactos nos preços das rações no mercado interno;
• As eleições municipais no Brasil, as forças políticas e como caminharemos com as reformas e seus impactos no câmbio. Os resultados das eleições dos EUA e os impactos no agro do Brasil.
• A questão da inflação dos alimentos no Brasil e os danos à imagem do setor junto aos consumidores finais.
Por: AGROLINK –Leonardo Gottems