O Brasil está prestes a largar uma safra com potencial para mais de 100 milhões de toneladas de soja. É o que indica a primeira estimativa para a temporada 2015/2016, divulgada nesta terça-feira (08/09) pela consultoria INTL FCStone. Mesmo com uma queda nas cotações internacionais da commodity, os produtores brasileiros tendem aplantar área recorde: 33,33 milhões de hectares, 4,4% mais que o terreno destinado ao produto no ano passado. Considerando o histórico de produtividade média dos últimos anos, a empresa calcula os rendimentos deste ano em 3.030 quilos por hectare (o equivalente a 50,5 sacas por hectare). Com isso, a produção projetada é de 100,88 milhões de toneladas, 5% acima das 96,2 milhões de toneladas colhidas no ciclo passado.
No topo da lista dos maiores produtores está Mato Grosso, que tem potencial para 29,3 milhões de toneladas. Paraná e Rio Grande do Sul aparecem em seguida, com colheita estimada em 17 milhões e 15,1 milhões de toneladas de soja, respectivamente.
Maior parte do avanço da oleaginosa se dará sobre áreas antes cultivadas com milho. O cereal tende a perder 5,6% do terreno que ocupou no ciclo passado. A estimativa de verão considera um plantio de 5,76 milhões de hectares. Com uma produtividade média de 4,870 quilos por hectare (81,16 sacas por hectare), a previsão de colheita é de 28,08 milhões de toneladas, contra 30,30 milhões de toneladas na temporada 2014/2015.
Os analistas da consultoria afirmam que a redução na área dedicada ao milho no verão ocorre em muitos Estados que estão buscando concentrar a produção do cereal na segunda safra, cultivada durante o inverno. Minas Gerais, estado que lidera o ranking nacional de colheita do grão na primeira safra, é um dos que vem apostando forte na safrinha e dando mais espaço para a soja no verão. Já na região conhecida como Mapito e envolve os Estados de Maranhão, Piauí e Tocantins, o plantio da oleaginosa ocorre em áreas novas. Nessa região, o aumento no cultivo da soja chega a 10%.
Fonte: Globo Rural