Se não tratada, doença respiratória mata até boi confinado

Médico veterinário, André Pacheco de Carvalho, gerente técnico da área de ruminantes da MSD Saúde Animal.
Se não tratada, doença respiratória mata até boi confinado

O Giro do Boi desta quarta-feira, 18, trouxe um alerta muito importante aos pecuaristas sobre a Doença Respiratória Bovina, também conhecida por sua sigla DRB. Se não for diagnosticada e tratada rapidamente, ela pode levar até um bovino confinado à morte, segundo o médico veterinário, André Pacheco de Carvalho, gerente técnico da área de ruminantes da MSD Saúde Animal.

O problema se agrava justamente nesta época do ano, especialmente por conta das baixas temperaturas que estão sendo registradas. A DRB é uma infecção que acomete as vias respiratórias dos animais. Ocorre principalmente durante o inverno e a estiagem. Essas infecções pulmonares podem desenvolver um quadro de pneumonia ou bronquite, nos animais.

Carvalho alertou que a baixa qualidade dos pastos acaba culminando numa deficiência alimentar, podendo iniciar um quadro de debilitação e de baixa a imunidade no animal. Isso vai influir que o bovino apresente a DRB.

Uma outra sigla, a DART, são os passos para o pecuarista saber se seu animal está doente:

de depressão, quando os animais ficam cabisbaixos e se movimentam pouco;

A de anorexia, pois não comem;

R de respiração difícil e apresentando secreção no focinho;

T de temperatura alta, com 39,5° e aspecto de pêlo arrepiado.

“Estes são sinais claros de que o animal está acometido pela doença. Não conseguimos perceber esses sinais se não tiver uma ronda efetiva e monitoramento dos animais. O frio é um grande causador, mas a poeira acaba tendo um impacto muito grande nessas doenças”, diz Carvalho.

A melhor forma de tratamento é justamente na prevenção, apostando num plano adequado de sanidade animal. “É um custo muito pequeno frente a todos os custos de propriedade, por isso o pecuarista deve estar muito atento a isso”, diz Carvalho.

Aclimatação

Uma das recomendações que a MSD preconiza para manter a saúde dos bovinos é a aclimatação dos animais que saem do ambiente do pasto e passam para o confinamento. Esse conceito consiste em apresentar o novo ambiente aos animais, ajudando o animal a identificar onde está a água e o alimento, além de mostrar o curral de manejo e fazer com que eles se movimentem de forma ordenada.

“Está sendo feito um estudo para inclusive falar dos efeitos de animais aclimatados e animais não aclimatados”, segundo Carvalho.

A pesquisa está sendo realizada com o apoio do zootecnista Mateus Paranhos, professor da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp, em Jaboticabal (SP); coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal (Grupo Etco); diretor da BE.Animal e mentor do tema do maior programa de gestão de fazendas do Brasil, o Fazenda Nota 10; especialista reconhecido como a maior autoridade nacional da área de bem-estar animal (BEA).

Confira no vídeo abaixo a entrevista na íntegra:

Por: Giro do Boi

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