O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou uma nova venda de soja nesta quinta-feira (4). Foram 120 mil toneladas, sendo 60 mil da safra velha e 60 mil da safra nova, e mais uma vez para ‘destinos não revelados’.
“Baseando-nos nas atividades desta semana, eu diria que há, como ontem, uma grande chance de que esta venda seja para a China”, disse a especialista em commodities da Reuters Internacional, Karen Braun.
O mercado na Bolsa de Chicago, ainda um tanto confuso com as últimas notícias, reflete o anúncio e deixou a estabilidade com a qual começou o dia para operar com boas altas no final da manhã desta quinta-feira. Por volta de 11h30 (horário de Brasília), os preços subiam entre 9,75 a 11 pontos, com o julho valendo US$ 8,68 e o agosto, US$ 8,69 por bushel.
Apesar da informação da nova venda de hoje, ontem, depois do fechamento do mercado, o The Wall Street Journal, publicou uma informação de que a China teria cancelado o embarque de diversos produtos agrícolas dos Estados Unidos, de acordo com fontes ligadas à logística dos portos americanos.
“Se considerarmos que todas estas últimas vendas da semana foram para a China, podemos dizer que na smana passada os chineses compraram, pelo menos, 192 mil toneladas da safra velha e 378 mil da safra nova. Isso totaliza 570 mil toneladas. Poderemos checar isso no próximo boletim de vendas semanais do USDA”, acredita Karen.
Frente a tudo isso, os traders seguem muito focados nos desdobramentos das notícias e os próximos passos que serão dados pelos dois países.
Ao lado de todas essas informações, o mercado da soja na Bolsa de Chicago ainda acompanha também a movimentação do dólar frente ao real. Nos últimos 15 dias, a moeda brasileira já registra uma valorização de cerca de 17% e tem favorecido o leve avanço das cotações da oleaginosa na CBOT.
Hoje, a moeda americana passa por uma leve correção depois das baixas intensas e tinha, perto de 12h (Brasília), uma alta de 0,20% para ser cotado a R$ 5,10.
Fonte: Notícias Agrícolas