Nesta etapa, a maioria dos Estados imuniza todo o rebanho bovino e bubalino. Cobertura deve chegar a 200 milhões de cabeças
Começa em novembro a segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa, momento em que a maior parte dos produtores de cada Estado vacina todo o rebanho bovino e bubalino. Nesta fase, estima-se que 200 milhões de cabeças sejam imunizadas contra o vírus.
Para o vice-presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), Sebastião Costa Guedes, é a hora de evitar perdas econômicas tanto para a pecuária de corte como de leite. “É fundamental que se elabore um plano de erradicação nacional da doença, mas enquanto isso não acontece o melhor caminho é seguir vacinando”, afirma. A febre aftosa favorece a ocorrência de mastite, provoca lesões nos cascos e prejudica a produção de leite, além de poder levar à morte os animais mais jovens. Com a vacinação, a doença está controlada no Brasil.
Em Mato Grosso, criadores do Pantanal iniciam a aplicação das doses no próximo mês, seguindo a regra estipulada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para maioria dos Estados. No Pantanal do lado sul-mato-grossense, no entanto, somente quem não vacinou o rebanho em maio e junho o faz agora.
Quanto ao planalto e à fronteira do MS com a Bolívia, a norma varia, estando prevista a imunização apenas dos bovinos e bubalinos com menos de 24 meses. Os Estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal também imunizam somente esta faixa etária na etapa de novembro. Atualmente, apenas o Estado de Santa Catarina é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre de febre aftosa sem vacinação. Mato Grosso e Paraná pleiteiam o mesmo status.
Já os Estados do Amapá, Roraima e Amazonas estão na lista dos que não estão livres mesmo com imunização, sendo que em determinadas áreas a prevenção contra o vírus foi adiada para dezembro após serem feitos novos estudos de sorologia. O calendário completo de vacinação contra a aftosa pode ser conferido no site do Mapa.
Passada a etapa de vacinação, cabe ao produtor ir até a agência de defesa sanitária mais próxima da sua cidade para deixar o registro em dia. É necessário levar a nota fiscal de compra da vacina e o certificado que traz o número de animais vacinados por sexo e idade.
Fonte: Portal DBO
Foto: ABCZ – Marina Salles