Os cálculos são do Ministério da Agricultura, que prevê aumento de R$ 17 bilhões no faturamento dentro da porteira em 2017
O valor bruto da produção agropecuária (VBP) deve atingir R$ 544,99 bilhões em 2017, valor 3,2% (ou R$ 17,084 bilhões) superior ao registrado no ano passado, quando a renda no campo recuou 1,8% (ou R$ 9,58 bilhões) para R$ 527,9 bilhões, por causa da quebra de safra provocada pelo fenômeno El Niño.
Os cálculos da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura refletem a perspectiva de colheita de safra recorde no ciclo atual, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento em 215 milhões de toneladas.
Para o conjunto das lavouras, a expectativa é de aumento de 4,7% (ou 16,165 bilhões) na renda dos agricultores, para R$ 359,9 bilhões. No ano passado, por causa as quebras de safra, o VBP das lavouras recuou 1% (R$ 3,482 bilhões) para R$ 343,7 bilhões.
No caso do setor de proteínas animais, a estimativa é de aumento na renda de 0,5% (R$ 919 milhões), para R$ 185,05 bilhões. No ano passado o faturamento do conjunto das carnes, leite e ovos recuou 3,2% (ou R$ 6,098 bilhões), para R$ 184,13 bilhões.
As projeções do Ministério da Agricultura levam em conta os preços médios registrados entre dezembro e janeiro, e os últimos levantamentos de safra e da produção animal.
Um dos destaques do estudo é a perspectiva de aumento de 51% (6,341 bilhões) no faturamento dos produtores de feijão, que deve atingir R$ 17,5 bilhões em 2107. No ano passado o VBP do feijão subiu 26,2% (R$ 2,3 bilhões) para R$ 11,1 bilhões.
A soja, principal produto do agronegócio brasileiro, responde por um terço do faturamento das lavouras. A projeção para a soja é de crescimento da receita da ordem de 2,9% (R$ 3,337 bilhões) para R$ 119,6 bilhões. No ano passado, mesmo com a quebra de safra a renda da soja cresceu 0,3% (R$ 390 milhões) para R$ 116,2 bilhões).
Outro destaque é a expectativa de aumento de 27,7% (R$ 11,5 bilhões) na renda dos produtores de milho, estimada em R$ 53 bilhões para 2017. No ano passado houve retração de 5,9% no faturamento com a venda do cereal, por causa da forte queda de produção.
Entre as proteínas animais o destaque é o setor leiteiro, com perspectiva de aumento de 8% (R$ 2,2 bilhões) no faturamento em 2017, para R$ 29,4 bilhões. Outro setor que deve crescer é avicultura de postura. A projeção de renda para a venda de ovos é de aumento de 6,5% (R$ 875 milhões), para R$ 14,3 bilhões.
Para as carnes a estimativa é de queda da receita. A projeção para a pecuária bovina é de queda de 2,4% na renda, para R$ 71,9 bilhões. No frango a receita deve cair 0,6% (R$ 349,3 milhões) para R$ 55,3 bilhões. No suíno a expectativa é de retração de 0,1% (R$ 18,8 milhões) para 14,08 bilhões.
Fonte: Globo Rural